![O senador democrata Robert Byrd, que morreu nesta segunda-feira](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/robert-byrd-620-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=620&h=349&crop=1)
No Senado, Byrd foi testemunha de alguns dos períodos mais marcantes da história dos Estados Unidos, como a invasão ao Iraque, à qual sempre se opôs.
Morreu nesta segunda-feira o senador mais antigo do Congresso americano, o democrata Robert Byrd. Ele tinha 92 anos e estava internado no hospital Inova, em Fairfax, no estado de Virgínia. Segundo um comunicado de seu porta-voz, Jesse Jacobs, Byrd foi hospitalizado após ter sofrido um forte golpe de calor. O senador apresentava sintomas de desidratação e exames médicos mostraram que seu quadro era grave.
Byrd atuou no Congresso durante quase 57 anos, período em que presenciou os mandatos de 12 presidentes americanos. Ele foi reeleito por nove vezes para o cargo. No Senado, Byrd foi testemunha de alguns dos períodos mais marcantes da história dos Estados Unidos e do mundo, como o fim da Guerra Fria, a Guerra do Vietnã e a invasão ao Iraque.
A incursão americana no território iraquiano, aliás, sempre foi fortemente criticada pelo senador. “As pessoas estão se tornando cada vez mais conscientes de que fomos enganados, que os dirigentes deste país deturparam ou exageraram a necessidade de invadir o Iraque”, disse Byrd.
O senador apoiou o presidente Barack Obama durante a campanha pela Casa Branca, em 2008. Byrd definiu Obama como Obama “um jovem estadista brilhante, que possui o temperamento pessoal e coragem necessários para libertar o nosso país desta cara desventura [referindo-se à Guerra do Iraque]”.
Antigo simpatizante do grupo racista Ku Klux Klan, Byrd se opôs a uma lei de direitos civis em 1964 e à confirmação de Thurgood Marshall como o primeiro juiz negro da Suprema Corte americana. Ele, porém, apoiou a criação de um monumento em homenagem ao líder negro Martin Luther King, nos anos 70.