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Morre criminoso nazista John Demjanjuk em asilo bávaro da Alemanha

Berlim, 17 mar (EFE).- O ex-guarda dos campos de concentração nazistas John Demjanjuk, condenado por colaborar para o assassinato de prisioneiros judeus, morreu em um asilo na região bávara de Bad Feilnbach, no sul da Alemanha, informou neste sábado a Polícia local. Demjanjuk, de origem ucraniana, foi condenado em maio de 2011 pela Audiência de […]

Por Da Redação
17 mar 2012, 09h58
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  • Berlim, 17 mar (EFE).- O ex-guarda dos campos de concentração nazistas John Demjanjuk, condenado por colaborar para o assassinato de prisioneiros judeus, morreu em um asilo na região bávara de Bad Feilnbach, no sul da Alemanha, informou neste sábado a Polícia local.

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    Demjanjuk, de origem ucraniana, foi condenado em maio de 2011 pela Audiência de Munique a cinco anos de prisão como cúmplice no assassinato de 28.060 judeus no campo de concentração nazista de Sobibor, na Polônia ocupada.

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    A sentença não era final, a defesa e a Procuradoria apresentaram recurso contra a mesma, que aguardava decisão da Corte Suprema alemã.

    Diante da idade avançada do acusado, que estava com 91 anos e doente, os juízes alemães decidiram suspender provisoriamente seu ingresso na prisão e permitiram que residisse em um asilo.

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    Em 1988, Demjanjuk foi condenado à forca em Israel como suposto ‘Ivan, o Terrível’ do campo nazista de Treblinka, sentença revogada cinco anos depois ao ficar provado que essa identidade correspondia a outro ucraniano, por isso que foi libertado. Em liberdade, retornou aos Estados Unidos, país em onde residiu grande parte de sua vida depois de fugir da Europa.

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    Nascido na Ucrânia em 1920, Demjanjuk foi capturado como soldado soviético em 1942 pelos nazistas, que o transformaram em ‘trawniki’, guarda voluntário de Sobibor, criado exclusivamente como campo de extermínio e onde eram assassinados judeus deportados a partir de toda a Europa na câmara de gás, horas após sua chegada.

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    O julgamento dele em Munique começou em 30 de novembro de 2009, seis meses depois de ser entregue pelos EUA à Alemanha, após esgotarem os recursos contra sua deportação movidos por sua família.

    Assim teve início o processo marcado pela ausência de testemunhas que pudessem identificá-lo, já que não há sobreviventes de Sobibor, e baseado na folha de serviços com o número 1.393, segundo a qual Iwan Demjanjuk – seu nome de nascimento antes de emigrar aos EUA – foi um dos 120 ‘trawniki’ do campo.

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    O processado serviu em Sobibor entre março e setembro de 1943, ano em que o campo foi desmantelado.

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    A sua defesa argumentava que ele foi obrigado a servir aos nazistas, já que a recusa equivalia à execução, e lembrou ao longo do julgamento que vários oficiais nazistas encarregados de darem ordens a ele foram absolvidos pela justiça alemã em 1966.

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    A Procuradoria e a acusação particular – em sua maioria, familiares de judeus holandeses mortos em Sobibor – declararam que não desejavam a prisão de Demjanjuk, queriam apenas uma sentença de caráter simbólico, por causa da idade avançada do processado e o tempo transcorrido dos fatos.

    O acusado assistiu em Munique a todo o processo em uma cadeira de rodas, sem pronunciar uma palavra a mais do que as balbuciava através de seu intérprete ucraniano, geralmente para expressar seu mal-estar físico. EFE

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