Morreu nesta terça-feira, aos 98 anos, a ativista americana Dorothy Height, um dos pilares da luta por justiça racial e igualdade de gêneros nos Estados Unidos. Por mais de 40 anos, Dorothy foi presidente do Conselho Nacional das Mulheres Negras – um grupo que conta com mais de 4 milhões de membros e é composto por 34 organizações nacionais e outras 250 organizações com bases em comunidades americanas.
A edição on-line do jornal americano The Washington Post dedicou a Dorothy um obituário em que a classifica como “possivelmente a mulher mais influente nos altos escalões da liderança dos direitos civis, mas nunca que atraiu a atenção da grande imprensa, que conferiu celebridade e reconhecimento instantâneo a alguns outros líderes dos direitos civis da sua época”. Ela integrou as mais importantes marchas de Martin Luther King pelos direitos dos negros nos EUA.
Dorothy foi uma das fundadoras do movimento pelos direitos civis americanos, cuja luta se estendeu por mais de seis décadas. Ela é um das grandes responsáveis pela conquista dos direitos de voto, oportunidades de emprego e acomodações públicas nos anos de 1950 e 1960, além do fim da segregação escolar.
Assistente social de formação, Dorothy começou a militar pelos direitos civis e a igualdade de gênero na década de 1930, atuando para evitar linchamentos, proibir a segregação nas Forças Armadas dos EUA, reformar o processo penal e promover o livre acesso a acomodações públicas no país. Em 1994, o então presidente Bill Clinton lhe concedeu a Medalha Presidencial da Liberdade, maior honraria civil dos EUA. Em 2004, ela recebeu a Medalha de Ouro do Congresso.