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Mohamed Mursi toma posse como novo presidente egípcio

Agora, o Exército deve voltar a proteger a segurança da pátria, disse o islamita

Por Da Redação
30 jun 2012, 09h19
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  • O islamita Mohamed Mursi se tornou oficialmente neste sábado o quinto presidente da República do Egito, depois de prestar juramento na Alta Corte Constitucional. Ele sucede o ditador Hosni Mubarak, derrubado pela revolta popular do ano passado. “Juro por Deus todo-poderoso preservar o sistema republicano, respeitar a Constituição e a lei, proteger totalmente os interesses do povo”, declarou Mursi. “Hoje, o povo egípcio estabeleceu as bases de uma vida nova, de uma liberdade total, de uma verdadeira democracia”, completou.

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    Entenda o caso

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    1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então ditador Hosni Mubarak, que renunciou no dia 11 de fevereiro de 2011.
    2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de premeditar e ordenar esses assassinatos.
    3. • A Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse do novo presidente eleito, Mohamed Mursi.

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    A cerimônia de posse, prevista para as 11 horas locais (6 horas em Brasília), começou com quase duas horas de atraso. O procedimento para o juramento do cargo causou divergências entre os militares no poder e a Irmandade Muçulmana. A junta considerava que Mursi deveria tomar posse na Corte Constitucional, mas os islamitas insistiram no Parlamento, oficialmente dissolvido, mas que para eles permanece legítimo.

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    O presidente cedeu, mas já havia desafiado o Exército ao prestar um juramento simbólico ao cargo diante de milhares de pessoas na sexta-feira na Praça Tahrir, “a praça da liberdade e da revolução”, em suas próprias palavras. Mursi derrotou o ex-primeiro-ministro de Hosni Mubarak, Ahmed Shafiq, na eleição presidencial. O islamita recebeu 51,73% dos votos.

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    Discurso – Em seu primeiro discurso depois de tomar posse, Mursi afirmou que a partir de agora o Exército voltará ao seu dever de proteger a segurança da pátria. “A Junta Militar cumpriu com sua promessa de não ser uma alternativa à vontade popular. Agora as instituições escolhidas voltarão a desempenhar seus deveres e o Exército voltará a se dedicar a proteger a segurança da pátria.”

    O novo presidente egípcio também manifestou a necessidade de “pôr fim ao caos em todos os setores, especialmente na área econômica”, e lembrou que o antigo regime contribuiu para se chegar a esta situação. Ressaltou, ainda, que “o povo impôs sua vontade e sua soberania e praticou pela primeira vez todos os seus poderes ao escolher a Câmara Baixa e Alta do Parlamento em eleições livres e limpas”.

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    Mursi disse que a Assembleia Constituinte formada recentemente irá recorrer a especialistas de todas as tendências para “consagrar um estado democrático, constitucional, moderno e instaurar as liberdades públicas, além de garantir a independência jurídica, e a liberdade de pensamento, criação e inovação que levem o Egito a um estado moderno”.

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    Revolta – Dirigindo-se aos familiares das vítimas da revolução, presentes na sala da Universidade do Cairo, onde realizou o discurso, Mursi assegurou que sempre tem eles em mente. “Já disse e repito: o sangue dos mártires está em mim”, declarou. “O povo saiu de maneira revolucionária às praças da dignidade e dos mártires, fez cair um regime injusto e corrigiu os rumos da autoridade de uma maneira civilizada.” E completou: “Eu digo para aqueles que acham que a marcha será desviada: o povo me elegeu para que ela continue”.

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    Mursi manifestou ainda seu apoio ao povo palestino e pediu o fim do conflito na Síria. “Nós desejamos que o conflito acabe e nos esforçaremos para isto”, disse o presidente, que afirmou que o Egito não exportará sua revolução nem irá interferir nos assuntos de outros países, do mesmo modo que não aceitará ingerências internacionais em questões internas.

    (Com agências EFE e France-Presse)

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