Damasco, 26 mai (EFE).- O chefe da missão de observadores encarregados de supervisionar o cessar-fogo na Síria, o general Robert Mood, denunciou neste sábado a ‘brutal tragédia’ na cidade de Al Haula, na província de Homs, na qual morreram pelo menos 92 pessoas.
‘Nesta manhã, os observadores militares e civis da ONU foram a Al Haula e contaram os cadáveres de 32 crianças e mais de 60 adultos. Isto é uma brutal tragédia’, indicou Mood em comunicado.
No entanto, o general norueguês não ofereceu mais detalhes sobre o massacre, do qual a oposição síria culpou as forças do regime.
Por sua parte, a agência oficial síria ‘Sana’ responsabilizou pelos assassinatos ‘grupos terroristas armados’ e acrescentou que ‘os combates causaram a morte de vários terroristas e de vários membros das forças especiais’.
Tanto os Comitês de Coordenação Local como o Observatório Sírio de Direitos Humanos acusam o regime de perpetrar o massacre com o uso de artilharia pesada, seguido da incursão de militares no terreno.
O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, deve viajar para Damasco na noite de domingo pela segunda vez para avaliar o acordo assinado há mais de um mês pelas partes que estipulava um cessar-fogo que foi descumprido sistematicamente.
Annan deverá reunir-se em sua estadia na Síria com o presidente do país, Bashar al Assad, e com figuras da oposição do país árabe. EFE
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