Ministros vetam empresas de coleta e agravam crise do lixo no Líbano

**1/8** Motoqueiro passa diante de uma pilha de lixo acumulado em uma rua da cidade de Beirute, no Líbano - 23/07/2015 *(Joseph Eid/AFP)*

**2/8** Homem cobre o nariz enquanto passa por uma pilha de lixo ao longo de uma rua em Beirute, no Líbano - 22/07/2015 *(Jamal Saidi/Reuters)*

**3/8** Montanha de lixo acumulado em uma rua da cidade de Beirute. Toneladas de lixo ocupam as ruas da capital libanesa após moradores bloquearem o acesso à entrada de Naameh, o maior aterro sanitário do país - 27/07/2015 *(Joseph Eid/AFP)*

**4/8** Pedestres caminham na rua para desviar do lixo acumulado na calçada em Beirute, no Líbano - 22/07/2015 *(Jamal Saidi/Reuters)*

**5/8** Mulher caminha através de uma montanha de lixo, polvilhada com pó de veneno para afastar ratos e insetos, em uma rua de Beirute, no Líbano - 23/07/2015 *(Joseph Eid/AFP)*

**8/8** Vista geral do aterro sanitário de Naameh, ao sul de Beirute, no Líbano *(Joseph Eid/AFP)*

O gabinete do Líbano rejeitou as empresas vencedoras de um processo de licitação para gerenciar a coleta de lixo doméstico de Beirute e agravou a crise do lixo que provocou protestos violentos no país nos últimos dias. Após reunião de quatro horas, seis ministros recusaram os contratos apresentados pelas empresas alegando custos elevados.

Ao longo do final de semana, manifestantes da campanha ‘You Sting’ (Você Fede) pediram a renúncia do primeiro-ministro, Tamam Salam. A polícia reagiu com balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio, deixando dezenas de feridos.

A crise do lixo se instalou no país no início de julho, quando uma disputa pelo maior aterro sanitário do país resultou na suspensão do recolhimento do lixo em Beirute e outras regiões centrais do Líbano pela principal empresa responsável pelo serviço. Com isso, montanhas de lixo se acumularam pelas ruas da capital libanesa.

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De acordo com o jornal britânico BBC, os ministros que participaram da reunião desta terça-feira são aliados da organização islâmica Hezbollah, que apoia as manifestações populares. “Devido aos preços elevados, o Conselho de Ministros decidiu não aprovar as propostas e irá cobrar alternativas do comitê ministerial”, diz um comunicado divulgado após o encontro.

Manifestantes culpam a paralisia política e a corrupção pela crise. Além de o país estar sem presidente há mais de um ano por causa de uma disputa entre os grupos étnicos, o Congresso está há meses sem reunir. Os problemas não se limitam ao ambiente interno. O Líbano é o destino de muitos refugiados da guerra civil da Siria e sofre constante ameaça do Estado Islâmico.

(Da redação)