Cartum, 25 dez (EFE).- Cartum, 25 dez (EFE).- O líder máximo Khalil Ibrahim e pelo menos 30 combatentes do principal grupo insurgente de Darfur, o Movimento de Justiça e Igualdade (MJI), morreram no Sudão, informou neste domingo o ministro da Informação, Abdullah Ali Masar.
O Exército sudanês executou Ibrahim na noite do último sábado e não na manhã deste domingo como havia sido divulgado anteriormente. O ex-líder do MJI foi encontrado na região de Kordofán do Norte, apontou o ministro em entrevista coletiva.
A morte de Ibrahim ‘é uma vitória do Governo sudanês e o começo da derrota dos rebeldes de Darfur’, assegurou Masar, que acrescentou que os confrontos na região continuam. Segundo o ministro, os partidários do MJI teriam sepultado o corpo do líder no lugar onde ele morreu.
No sul de Cartum, várias testemunhas afirmaram à Agência Efe que a polícia sudanesa dispersou centenas de pessoas que se concentravam para prestar solidariedade à família de Ibrahim em frente sua casa, situada no bairro de Ed Hussein.
O líder do MJI faleceu em um tiroteio depois que os soldados do Exército sudanês conseguiu interceptar um comboio do grupo insurgente que seguia para a região de Al Mazraa (no Kordofán do Norte), vizinha à região de Darfur, no oeste do Sudão.
Ibrahim retornou a Darfur no último dia 11 de setembro, isso após passar mais de um ano na Líbia, onde recebeu exílio do regime do falecido líder líbio, Muammar Kadafi. O líder do MJI estava longe de seu país desde maio de 2010, quando as autoridades de Chade impediram sua entrada em Darfur através de seu território.
Neste mesmo mês, o Governo do Sudão pediu à Interpol a prisão de Ibrahim por uma ofensiva em Cartum, realizado em maio de 2008, a qual resultou na morte de 255 insurgentes e 77 membros dos corpos de segurança.
O MJI, fundado em 1994 por Ibrahim, suspendeu os acordos de paz com o Governo do Sudão há mais de um ano. Em 2003, o grupo insurgente decidiu entrar em um confronto armado junto ao Movimento de Libertação do Sudão (MLS) contra o regime de Cartum em protesto contra a pobreza e a marginalização dos habitantes da região.
Desde então, mais de 300 mil pessoas morreram e 2,7 milhões tiveram de se deslocar das zonas de conflito, segundo dados da ONU. EFE
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