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Ministro paquistanês das minorias religiosas é assassinado

Membros do Talibã assumiram responsabilidade pelo atentado terrorista contra político, que era cristão

Por Da Redação
2 mar 2011, 11h58
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  • O ministro paquistanês encarregado das minorias religiosas, Shahbaz Bhatti, foi morto a tiros nesta quarta-feira em plena luz do dia em Islamabad. O assassinato aconteceu em meio a uma polêmica no país, de maioria muçulmana, provocada pela tentativa de reformar a lei que prevê pena de morte em casos de blasfêmia. O assassinato do governador da província paquistanesa de Punjab, Salman Taseer, e a sentença de pena de morte à cristã Asia Bibi, também no Paquistão, chamaram a atenção do mundo para essa forma de intolerância religiosa e política.

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    Segundo a polícia, Bhatti foi alvejado perto do mercado de Islamabad, quando estava em seu carro. “Homens armados abriram fogo contra o veículo do ministro em um bairro de classe média alta da capital”, informou o policial Abdul Majid. “Ele chegou morto ao hospital”, declarou o médico Azmatullah Qureshi, porta-voz de um dos principais hospitais da cidade.

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    “Os relatos iniciais são de que ele foi morto por três homens, provavelmente com um fuzil Kalashnikov, mas ainda estamos tentando estabelecer o que aconteceu exatamente”, disse o chefe de polícia da cidade, Wajid Durrani. Membros do Talibã paquistanês assumiram a responsabilidade pelo atentado, alegando que o ministro era um blasfemo

    Bhatti, único cristão no gabinete de governo, vinha defendendo mudanças na controversa legislação sobre a blasfêmia.

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    Legislação – A Lei da Blasfêmia determina a pena de morte a qualquer um que insultar o profeta Maomé ou falar mal do Islã. A lei está causando polêmica no país desde que em novembro um tribunal condenou à morte uma mulher cristã mãe de quatro filhos. Em janeiro, o governador da província de Punjab, Salman Taseer, que se opôs à lei e buscou o perdão presidencial para um agricultor cristão, foi morto a tiros por um de seus guarda-costas. Os cristãos perfazem cerca de 2% da população do Paquistão.

    O Vaticano considerou o último assassinato um “ato de violência inqualificável”. “Esse assassinato é um novo ato de violência de terrível gravidade e demonstra o quão justificadas são as insistentes intervenções do papa sobre a violência contra os cristãos e contra a liberdade religiosa em geral”, declarou o padre Federico Lombardi, porta voz da Santa Sé. “Faço um pedido para que cada um perceba a extrema urgência da defesa da liberdade religiosa e dos cristãos objeto de violência e perseguições”, completou.

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    (Com agência Reuters)

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