Ministro israelense diz que ignorar o Irã pode custar vidas
Ehud Barak pediu uma 'diplomacia mais agressiva' contra programa nuclear
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta sexta-feira durante debate no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que não enfrentar o Irã para evitar que o país construa armas nucleares “será muito mais perigoso e custoso, tanto em termos de dinheiro como de vidas”.
“Um Irã com armas nucleares não é um perigo só para o Oriente Médio, mas para o mundo inteiro”, afirmou Barak, que aplaudiu as recentes sanções econômicas aprovadas pela União Europeia (UE) contra Teerã. Apesar disso, o ministro pediu “uma diplomacia mais agressiva”. O ex-primeiro-ministro israelense disse que com exceção da China e Rússia, todos estão de acordo de que não há outra opção do que enfrentar o Irã.
Barak admitiu, no entanto, que a questão não é simples e que Teerã adota uma estratégia para ganhar tempo e dividir a unidade internacional. “Os iranianos não são jogadores de gamão, mas de xadrez. Procuram deixar seu programa nuclear numa zona de impunidade para que seja impossível conhecer o autêntico alcance de seus progressos”, disse Barak. “Quando tiverem certeza de que ninguém pode fazer nada contra eles, considerarão dar o passo definitivo”, acrescentou. Para Barak, o relatório publicado em novembro pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) é a evidência de que o Irã tem um programa nuclear com o objetivo de construir armamentos.
Terrorismo – O israelense participou de um seminário no qual se perguntava o que ocorreria se o Irã tivesse uma bomba atômica. “A Arábia Saudita vai querer ter armas nucleares, assim como Turquia e o Egito”, previu Barak, que alertou para o perigo das armas nucleares caírem em mãos de grupos terroristas. “O Irã patrocina o terrorismo no Iraque, Índia, Paquistão, Líbano e nos territórios palestinos, portanto podemos imaginar o que acontecerá”, opinou.
(Com agência EFE)