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Ministro de Portugal renuncia ao cargo após escândalo envolvendo a TAP

Companhia aérea estatal está envolvida em polêmica por indenização a uma ex-conselheira, apesar de receber ajuda do governo

Por Matheus Deccache Atualizado em 29 dez 2022, 10h25 - Publicado em 29 dez 2022, 10h23

O ministro de Infraestruturas de Portugal, Pedro Nuno Santos, renunciou ao cargo nesta quinta-feira, 29, em meio ao escândalo sobre o pagamento de uma compensação milionária a uma ex-conselheira da TAP, companhia aérea estatal que está recebendo mais de dois bilhões de euros (R$ 11,1 milhões) em ajuda do governo.

Alexandra Reis deixou a companhia em fevereiro deste ano tendo recebido uma indenização de 500 mil euros (R$ 2,7 milhões), valor que gerou polêmica na época devido ao fato da companhia estar recebendo ajuda financeira do governo e em meio à alta insatisfação popular por conta da inflação que atinge o país.

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“Perante a percepção pública e o sentimento coletivo gerados em torno deste caso, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, entende, neste contexto, assumir a responsabilidade política e apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro”, anunciou a pasta em comunicado.

Em nota, o primeiro-ministro português, Antonio Costa, aceitou o pedido de demissão e agradeceu o “empenho e dedicação” de Nuno Santos ao longo dos sete anos em que esteve no governo, destacando a contribuição positiva para uma estabilidade política.

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Na renúncia, o ministro disse que todo o processo foi acompanhado pelo corpo jurídico da TAP e por uma sociedade de advogados externa à empresa e que só obteve conhecimento relativamente aos “termos de acordo”. No entanto, perante às dúvidas surgidas, ele solicitou à empresa explicações sobre o processo e, após as respostas, entendeu que seria melhor entregar sua carta de demissão.

Meses depois de ter deixado a companhia aérea, Alexandra Reis foi nomeada diretora da empresa estatal de tráfego aéreo, NAV, antes de ingressar no governo como secretária de Estado do Ministério da Fazenda, em dezembro, permanecendo no cargo por menos de quatro semanas.

Os partidos de oposição já pediram para que funcionários do alto escalão eda TAP e membros do governo compareçam ao Parlamento para dar maiores esclarecimentos sobre o assunto. A companhia aérea está passando por um processo de reestruturação que levou a cortes de pessoal e reduções salariais para muitos funcionários, situação que levou o primeiro-ministro a dizer em setembro que pretendia privatizá-la em até 12 meses.

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