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Mina San José pode virar um memorial turístico

Pelo menos a curto prazo, a retomada da exploração está descartada

Por Da Redação
15 out 2010, 08h27

“Vamos construir um memorial para que esta verdadeira façanha protagonizada pelos mineradores e seus familiares seja preservada e nos guie no futuro”, diz o presidente

O local onde os 33 mineiros chilenos padeceram por 69 dias presos a uma profundidade de quase 700 metros pode ser transformado em um símbolo do nacionalismo do país. A mina San Jose, que pertence à empresa San Esteban e ao longo de mais de um século permitiu a extração de muito ouro e cobre, agora deve abrigar um memorial turístico.

Segundo o presidente Sebastián Piñera, a intenção é fazer com que a “epopeia do resgate” fique marcado nas futuras gerações. Esse também é o desejo dos familiares que ergueram o acampamento Esperanza nos arredores da jazida para esperar que os operários fossem trazidos de volta à superfície. Os mineiros têm planos, inclusive, de visitar o local neste sábado para ver como seus parentes viveram durante mais de dois meses.

“O acampamento Esperanza vai refletir a esperança dos chilenos no futuro. Vamos construir um memorial para que esta verdadeira façanha protagonizada pelos mineradores e seus familiares seja preservada e nos guie no futuro”, anunciou o Piñera.

Exploração – A curto e médio prazo, portanto, a retomada dos trabalhos de exploração na mina está descartada. O presidente salienta que, tanto ela quanto outras jazidas do país onde aconteceram acidentes com operários não serão liberadas até que se tenha garantia de que “a vida e a segurança de seus trabalhadores estejam resguardadas”.

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Os acidentes no setor de mineração chilena somam 373 mortos na última década – 31 delas somente neste ano, segundo dados do Serviço Geral de Geologia e Mineração. “Um país que quer ser desenvolvido deve cuidar de seus trabalhadores, que merecem uma proteção que muitas vezes no passado não tiveram”, destacou Piñera.

O palco da mais dramática tragédia na história da mineração chilena exigia um investimento de 8 milhões de dólares para garantir a segurança dos operários. Os proprietários da mineradora San Esteban, Alejandro Bohn e Marcelo Kemeny, foram acusados por famílias dos trabalhadores, parlamentares e autoridades pela falta de segurança na jazida, que começou a ser explorada no século XIX.

Antes, porém, de se decidir o que será feito com a mina San José, a Justiça precisa selar o futuro da empresa San Esteban – que está afundada em dívidas de aproximadamente 19 milhões de dólares – e definir a responsabilidade penal de seus proprietários – que foram processados pelas famílias dos mineradores que ficaram soterrados e dos quais são exigidas indenizações de 10 milhões de dólares.

(Com agência EFE)

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