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Milícia pró-Rússia toma prédios do governo na Ucrânia

Grupo armado invade Parlamento e administração regional na Crimeia, no sul do país, iça bandeira russa e expõe divisões após a queda de Yanukovich

Por Da Redação
27 fev 2014, 05h33
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  • Um grupo armado tomou nesta quinta-feira as sedes do Parlamento e do governo da república autônoma da Crimeia, no sul da Ucrânia. Em seguida, a milícia içou bandeiras russas no alto dos prédios. A Crimeia é uma das regiões ucranianas mais ligadas à Rússia. Com 2 milhões de habitantes, quase 60% possuem etnia russa, 25% são ucranianos e 12% tártaros. Foi na república autônoma que o presidente deposto Viktor Yanukovich foi visto pela última vez no início desta semana. A região foi uma de suas bases eleitorais no último pleito presidencial.

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    A invasão dos edifícios do governo local foi confirmada por um deputado da Crimeia no Parlamento nacional da Ucrânia. “Fui informado que os edifícios foram tomados por homens armados uniformizados e sem distintivos. Por enquanto, não apresentaram reivindicações”, declarou Refat Chubarov. O legislador, dirigente da minoria tártara, fez um pedido aos moradores de Simferopol, a capital da república autônoma, para que não se aproximem dos edifícios.

    Após a ação da milícia, forças policiais cercaram os prédios públicos. O ministro do Interior interino da Ucrânia, Arsen Avakov, disse que a polícia local foi colocada em alerta. Ele chamou o grupo armado de “provocadores”.

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    “Ainda é cedo para comentar o incidente”, declarou o deputado Andrei Senchenko, do partido Batkivschina (Pátria), uma das forças que lideraram os protestos contra o presidente destituído Viktor Yanukovich.

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    Tensão – O episódio na Crimeia expõe as tensões na Ucrânia após queda do governo. Simferopol, capital da república autônoma, foi nesta quarta-feira cenário tanto de manifestações pró-Ucrânia quanto pró-Rússia, que ocorreram nos arredores da sede do Parlamento local, onde aconteceram alguns incidentes. Há o registro de que uma pessoa morreu de um ataque cardíaco.

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    Nesta quinta, está prevista a votação parlamentar que deve confirmar o nome do novo primeiro-ministro ucraniano. Arseniy Yatsenyuk, chefe do partido da ex-premiê Yulia Tymoshenko – adversária de Yanukovich -, foi indicado para comandar o novo governo. O anúncio de seu nome, junto ao de novos ministros, foi feito num momento em que aumenta também a tensão com a Rússia, que colocou suas tropas em alerta máximo. Em uma demonstração de força, o presidente Vladimir Putin pôs 150.000 soldados de prontidão para manobras militares na fronteira com a Ucrânia.

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    Moscou tem repetidamente expressado preocupação com a segurança dos cidadãos russos que moram no país vizinho, em declarações semelhantes àquelas que precederam a invasão à Geórgia, em 2008, com o argumento de que exercia seu direito de proteger os russos que residiam na região separatista da Ossétia do Sul.

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    Oriente-Ocidente – Os Estados Unidos alertaram que a Rússia tem de respeitar a integridade territorial ucraniana. A Casa Branca disse que o governo americano apoia fortemente os esforços dos líderes ucranianos para formarem um governo inclusivo, multipartidário. “Nós fazemos um chamado aos atores externos na região para que respeitem a integridade territorial e a soberania ucranianas, que ponham fim à retórica e ações provocativas, apoiem as estruturas do governo de transição estabelecidas democraticamente e usem sua influência em apoio à unidade, paz e um caminho inclusivo”.

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    O secretário de Estado, John Kerry, anunciou que os Estados Unidos planejam destinar 1 bilhão de dólares em garantia de empréstimos para a Ucrânia e consideraria uma ajuda financeira direta adicional para a antiga república soviética. Numa entrevista à TV, Kerry, também deixou claro que os Estados Unidos não querem que a Rússia intervenha nos assuntos da Ucrânia. “Esperamos que a Rússia não veja isso como uma espécie de continuação da Guerra Fria”, declarou Kerry à MSNBC. “Não acreditamos que isto deva ser (uma questão) Oriente-Ocidente, Rússia-Estados Unidos. Isto não é Rocky IV“, acrescentou, em referência ao filme de 1985 em que o boxeador Rocky Balboa, interpretado por Sylvester Stallone, luta contra um soviético interpretado por Dolph Lundgren.

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    (Com agência EFE)

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