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Dublin, 11 nov (EFE).- O veterano dirigente trabalhista Michael D. Higgins, de 70 anos, se tornou nesta sexta-feira o nono presidente da República da Irlanda durante uma cerimônia realizada no Castelo de Dublin.
Em seu discurso inaugural, Higgins agradeceu ao povo irlandês a confiança depositada nele para desempenhar o cargo ‘mais alto’ do país e destacou o trabalho efetuado por suas duas antecessoras, Mary McAleese e Mary Robinson.
O novo presidente reconheceu que toma posse em tempos de uma grave crise econômica que ‘despedaçou’ a nação, mas garantiu que sua presidência será de ‘transformação’, focada em favorecer as ‘melhores e inovadoras ideias’ como semente de sua recuperação.
‘Devemos criar as condições para que a criatividade floresça em todas as suas formas. Devemos buscar a maneira de construir juntos uma cidadania ativa e integradora. Quero ser o presidente de todos os irlandeses aqui e no exterior’, declarou Higgins diante de uma plateia que incluía sua esposa Sabina, visivelmente emocionada.
O ato solene começou com um serviço religioso ecumênico. Representantes da fé católica, protestante, ortodoxa, muçulmana e judaica dirigiram preces para celebrar com os presentes o começo de um período de sete anos de uma nova chefia do Estado irlandês.
Em um flerte com a ideologia esquerdista de Higgins, também houve espaço após os discursos religiosos para que a Associação Humanista da Irlanda felicitasse o novo governante.
Vários dos sete candidatos que disputaram o cargo com Higgins participaram ao ato, entre eles o senador David Norris e o concorrente do partido governista, Gay Mitchell.
Também esteve presente Dan Rooney, o embaixador americano na Irlanda, cargo que, no passado, foi alvo das críticas de Higgins pela política externa de Washington em locais como a América Latina e Oriente Médio.
O veterano político, ‘poeta, filósofo e defensor dos direitos humanos’, como foi definido pelo primeiro-ministro, Enda Kenny, tomou oficialmente posse do cargo após ler a declaração apresentada pela presidente do Supremo Tribunal irlandês, Susan Denham. EFE