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México: traficante financiou presidente, diz ex-chefe da DEA

Segundo ex-diretor da agência antidrogas americana, Joaquín 'El Chapo' Guzmán, preso sábado, 'colocou muito dinheiro na campanha de Peña Nieto'

Por Da Redação
25 fev 2014, 06h25

O ex-diretor da agência americana antidrogas (DEA, na sigla em inglês), Phil Jordan, afirmou nesta segunda-feira que o líder do Cartel de Sinaloa, Joaquín “El Chapo” Guzmán, preso no sábado passado, financiou a campanha eleitoral do atual presidente do México, Enrique Peña Nieto. “El Chapo” era o traficante mais procurado do mundo.

Jordan deu a declaração em entrevista ao canal americano Univisión, maior TV com programação voltada ao público hispânico dos Estados Unidos. “Nunca pensei que com o PRI (Partido Revolucionário Institucional, que governa o México) iam prendê-lo, porque ‘El Chapo’ colocou muito dinheiro na campanha de Peña Nieto, fiquei surpreso quando soube que o prenderam”, disse Jordan.

Ele acrescentou que “alguma coisa aconteceu entre o PRI e ‘El Chapo’, não posso dizer o quê. Ele pagou milhões de dólares para que não o pegassem e milhões de dólares para que o deixassem fugir da última vez. Tem todo o dinheiro do mundo. Portanto é uma vitória para o México que Nieto permitisse a sua prisão”.

Após as declarações serem divulgadas, tanto o Departamento de Estado americano como a DEA emitiram comunicados quase idênticos nos quais sustentaram que “a opinião de Jordan e de qualquer outro ex-agente federal não representa a opinião do governo dos Estados Unidos”. Segundo as notas, a prisão de Joaquín “El Chapo” Guzmán foi um triunfo importante para o México e um grande passo em nossa luta comum contra o crime organizado, a violência e o tráfico de drogas.

A Embaixada dos Estados Unidos no México também rejeitou a fala de Phil Jordan. “As declarações do funcionário aposentado da DEA Phil Jordan não refletem a postura do governo dos Estados Unidos”, declarou a representação diplomática em comunicado.

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Chefão – “El Chapo” Guzmán, nascido em 1957, começou sua carreira criminal nos anos 1980 como braço direito de Miguel Ángel Félix-Gallardo, chefe do cartel de Guadalajara, cuja prisão em 1989 levou Guzmán a fundar sua própria organização em Sinaloa, seu Estado natal.

Em junho de 1991 ele foi detido na capital mexicana, mas conseguiu escapar após subornar com 100.000 dólares o então chefe de polícia local, para ser capturado outra vez em 1993, na Guatemala, país que o entregou ao México.

Em 19 de janeiro de 2001, “El Chapo” fugiu da prisão de Puente Grande, no Estado de Jalisco, a bordo de um caminhão de limpeza graças à ajuda de alguns funcionários da penitenciária. Desde então, era o criminoso mais procurado tanto pelo México como pelos Estados Unidos.

(Com agência EFE)

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