Montevidéu, 17 mar (EFE).- O México se pôs neste sábado à disposição dos países latino-americanos para receber suas propostas para a cúpula do Grupo dos 20 (G20) que abrigará em junho próximo, no meio do interesse dos países pequenos pela iniciativa, e uma morna resposta por parte dos outros dois membros do grupo, Brasil e Argentina.
O México expressou esta disposição em reunião em Montevidéu, organizada por José Antonio Meade, ministro da Fazenda do México, no marco da Assembleia Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que se centrou nos efeitos da regulação financeira sobre os fluxos de investimento na região e a necessidade de potencializar um comércio aberto.
‘Falou-se sobre o consenso que alcançássemos em matéria de regulação não se traduza em que haja menor fluxo de crédito para a América Latina’, disse à Agência Efe Meade ao término do encontro, de caráter reservado e no qual as delegações de Brasil e Argentina se abstiveram de discursar.
Meade assinalou que na reunião, convocada pelo México, também se discutiu sobre uma ‘certa preocupação’ em relação a possíveis efeitos de contágio procedentes da crise financeira europeia na América Latina, mas que o balanço continua ‘envolvendo otimismo’ para a região.
Meade também se referiu ao protecionismo, um dos temas recorrentes destes dias em Montevidéu, devido às recentes medidas aplicadas pelos principais mercados da região: Brasil e Argentina, que foram criticadas por seus principais parceiros comerciais no seio do Mercosul (Paraguai e Uruguai).
Brasil e Argentina são, junto com o México, os três países latino-americanos que fazem parte do G20, o fórum internacional no qual os líderes das 20 principais economias mundiais se reúnem para discutir e analisar a evolução econômica. EFE