Mais da metade das pessoas que morreram no tsunami que devastou a costa do Japão em 11 de março tinha 65 anos de idade ou mais, segundo reportagem publicada neste domingo pelo jornal Asahi Shimbun, que analisou dados preliminares divulgados pela polícia sobre a catástrofe.
Os investigadores checaram a idade de 7.935 pessoas mortas pela onda gigante, cujas identidades foram confirmadas até a última quinta-feira, e apontaram que 4.398 delas, ou 55,4%, tinha mais de 65 anos, segundo o jornal. O balanço provisório da polícia é de 12.985 mortos confirmados e 14.809 pessoas desaparecidas, depois do violento terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que atingiu a região nordeste do Japão.
Antes da catástrofe, as pessoas de idade avançada representavam 25% da população desta parte do país. “Muitas morreram quando o tsunami passou, porque provavelmente não tiveram tempo de fugir ou talvez porque não conseguiam se movimentar sem ajuda”, escreveu o jornal japonês. Quando o tsunami chegou à costa, às 14h46, a maior parte das crianças estava na escola, e depois do alerta puderam salvar-se indo para locais seguros.
O jornal afirma que o número de vítimas deve aumentar, porque famílias inteiras foram arrastadas pela água, sem que seu desaparecimento tenha sido reportado às autoridades. O trabalho de contagem e identificação dos mortos foi dificultado ainda mais devido à destruição de documentos oficiais e à falta de funcionários públicos, muitos deles mortos na tragédia.
(com AFP)