Homens ainda não identificados tentaram incendiar nesta terça-feira uma mesquita da cidade de Jabaa, na Cisjordânia, e picharam os muros com inscrições em hebreu, segundo a polícia e testemunhas.
A suspeita recai sobre os colonos extremistas israelenses.
Os agressores escreveram “a guerra está declarada” e “preço a pagar”, constatou um fotógrafo da AFP.
Os colonos extremistas adotaram uma política de represálias sistemáticas, conhecida como o “preço a pagar”, de atacar alvos palestinos e israelenses sempre que as autoridades restringem ou inibem a colonização.
Em 5 de junho, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não conseguiu aprovar no Parlamento um projeto de lei para burlar uma decisão da Suprema Corte que ordena a demolição de cinco casas no assentamento de Beit El, construídas em propriedade privada palestina.
Três dias depois, desconhecidos furaram os pneus de carros e escreveram slogans antipalestinos e em favor da colonização da cidade judeu-árabe de Neve Shalom.
Em um comunicado, Netanyahu condenou o ataque contra a mesquita como “obra de criminosos intolerantes”, e se comprometeu a agir rapidamente para punir os responsáveis.
A tentativa de incêndio foi igualmente denunciada por Washington, onde a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, condenou firmemente este ato odioso, perigoso e provocativo”, e pediu em um comunicado que as autoridades israelenses levem rapidamente os responsáveis à justiça.