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Merkel reúne partidos de coalizão para discutir ajuda a Espanha e Chipre

Por Da Redação
7 jul 2012, 08h49

Berlim, 7 jul (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, realizou na sexta-feira uma reunião secreta com os chefes dos dois partidos com os quais forma coalizão para abordar as próximas ajudas financeiras à Espanha e ao Chipre, segundo revelado neste sábado pelo jornal ‘Bild’.

O rotativo, que não cita fontes, afirma que a reunião entre Merkel, o chefe da União Social-Cristã (CSU), Horst Seehofer, e o chefe do Partido Liberal (FDP), Philipp Rösler, aconteceu na Chancelaria berlinense e durou aproximadamente duas horas.

A reunião não havia sido anunciada oficialmente e aconteceu após uma semana de intenso debate no país por causa dos acordos adotados na última cúpula do Conselho Europeu, ocorrida na quinta-feira e na sexta-feira da semana passada em Bruxelas.

A possibilidade aberta na cúpula que a ajuda financeira ao sistema bancário espanhol poderia ser articulada diretamente e não através do Estado gerou grande controvérsia na Alemanha.

Após as contraditórias declarações a respeito em diferentes capitais europeias nos últimos dias, o porta-voz do Ministério de Finanças alemão, Martin Kotthaus, afirmou nesta sexta que os recursos para o sistema financeiro espanhol serão repassados ao Estado.

Kotthaus argumentou que a medida está prevista nos postulados do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), de onde previsivelmente sairá a ajuda para os bancos, apesar das reivindicações de Madri para romper o círculo vicioso da dívida pública e privada.

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A Alemanha sempre se opôs a um resgate direto dos bancos espanhóis, alegando que o temporário FEEF e o permanente Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) só podem emprestar a Estados, nunca a entidades privadas, e que os Estados devem ser os fiadores dos créditos.

Merkel recebeu fortes críticas nos últimos dias por ter aberto essa opção, algo sobre o qual foram ouvidas críticas por parte não só do CSU, mas também do Partido Social-Democrata Alemão (SPD), a maior formação da oposição.

A chanceler precisa do apoio parlamentar de ambos para que o Bundestag (câmara baixa) ratifique a ajuda à Espanha com a maioria qualificada de dois terços necessárias em medidas que afetam os orçamentos nacionais.

O Bundestag poderia realizar uma sessão extraordinária nas próximas semanas para aprovar o pacote de ajuda aos bancos espanhóis sempre e quando o Eurogrupo assinar o memorando de entendimento correspondente, algo que não deverá acontecer antes do próximo dia 20.

Os três líderes da coalizão de centro-direita alemã estudaram, além disso, o relatório extraordinário publicado nesta sexta-feira pelo conselho assessor do Governo alemão em matéria econômica, conhecido como Conselho dos Cinco Sábios.

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O documento considera que os acordos da cúpula de Bruxelas só ajudarão à zona do Euro a curto prazo e que é momento de abordar soluções duradouras que garantam a estabilidade do continente.

Com relação à Espanha, o relatório afirma que a recapitalização direta dos bancos deveria ser possível apenas caso tenha sido instaurada uma autoridade comum de supervisão bancária e a responsabilidade solidária tenha se consolidado dentro de uma união bancária e fiscal.

Em seu estudo, os Cinco Sábios exigem também que a ajuda aos bancos esteja ligada a ‘critérios claros de recapitalização e reestruturação’.

Em 9 de junho, o Eurogrupo anunciou que colocava à disposição da Espanha uma linha de crédito de até 100 bilhões de euros para ajudar a recapitalizar o setor financeiro nacional, duramente afetado pela explosão da bolha imobiliária. EFE

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