Roma, 19 jan (EFE).- A menina italiana Daiana, de 5 anos, e seu pai, William Arlotti, seguem desaparecidos após o naufrágio do Costa Concordia na última sexta-feira em frente à costa da ilha de Giglio e nenhum hospital da região ou testemunhas têm informações sobre eles.
Arlotti viajava no cruzeiro com a filha e sua namorada, Michela Maroncelli, que conseguiu se salvar graças a um colete e um bote salva-vidas.
Os três estavam juntos na área do navio onde as pessoas estavam a salvo, mas depois foram direcionados rumo à parte sobre a qual o cruzeiro estava tombando, afirmou a sobrevivente.
Quando se deram conta da inclinação da embarcação tentaram retornar e na passagem de uma ponte, a menina deslizou e caiu no mar, seguida pelo pai que teria pulado para tentar para salvá-la, explicou.
‘Alguém disse (a Michela) que tinha visto os dois agarrados a uma corda e que tinham subido ao navio, mas não há rastro deles’, conta a prima de Arlotti, Sabrina Ottaviani, dona de uma agência de viagens e que lhes vendeu as passagens.
Quando Michela, que se encontrava alguns passos à frente, alcançou a segunda ponte e conseguiu um lugar em um dos botes salva-vidas, tinha perdido completamente de vista o namorado e sua filha, segundo seu depoimento.
‘Se alguém os viu segurando a corda, que venha a público dizer’, pede a prima do pai, que conta que os dois estavam com um único colete salva-vidas.
A família de Arlotti está especialmente preocupada porque é diabético e precisa tomar remédios várias vezes ao dia e todos estão procurando desesperadamente por ele, bem como por Daiana, à qual sua avó materna diz ter visto em imagens transmitidas pela televisão de grupos de sobreviventes. EFE