Medvedev: Jovens do Pussy Riot não deviam estar presas
Premiê repetiu, porém, que considera as integrantes da banda 'desagradáveis'
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou nesta sexta-feira que as duas jovens do grupo Pussy Riot, condenadas a dois anos de prisão por uma “oração punk” contra o presidente Vladimir Putin, não deveriam estar presas, informaram as agências russas. Porém, ele repetiu que considera as integrantes da banda “extremamente desagradáveis”.
“Se eu tivesse sido o juiz, não as teria enviado para a prisão. Simplesmente porque considero que não é justo que estejam privadas da liberdade. Já passaram muito tempo presas, agora basta”, disse. Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, e Maria Alyokhina, 24, estão detidas em uma colônia penal nas proximidades de Moscou. Em setembro, o premiê disse que o grupo provocava “náuseas”, mas que considerava “inútil” mantê-las na prisão.
Mesmo assim, Medvedev destacou que a questão não depende dele, já que o caso está nas mãos da Justiça e dos advogados das duas jovens. “Elas têm o direito de apelar e penso que os advogados farão isto. E o tribunal tem o direito de examinar essa questão profundamente e tomar uma decisão”.
A única integrante que foi libertada – Yekaterina Samutsevich, de 30 anos -, levou seu caso à Corte Europeia de Direitos Humanos. A defesa da jovem acusa a Rússia de violar seu direito à liberdade de expressão e de tê-la prendido ilegalmente.
(Com agência France-Presse)