Médicos convencem Tymoshenko a parar a greve de fome
Problemas de saúde teriam motivado fim de protesto iniciado em 29 de outubro
A ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko aceitou desistir da greve de fome que iniciou em 29 de outubro, indicou nesta quinta-feira um médico alemão. Pouco antes, a ministra adjunta da Saúde, Raisa Moissenko, havia afirmado que Yulia tinha decidido acabar com o jejum depois de ter conversado e chegado a um acordo com seus médicos alemães.
“A partir de amanhã (sexta-feira), ela colocará fim à greve de fome”, disse o doutor Lutz Harms, médico da clínica berlinense Charité, que foi à Ucrânia para examiná-la. “Ela está muito fraca”, acrescentou sua colega alemã Annette Reischauer. O doutor Harms também pediu que a Ucrânia melhore as condições da ex-primeira-ministra no hospital e pare de vigiá-la com câmeras.
A opositora, que foi transferida da prisão para um hospital por causa de um problema de hérnia de disco, iniciou uma greve de fome para protestar contra o que ela classifica como fraude nas eleições legislativas de 28 de outubro. A votação foi criticada também por observadores da Organização pela Segurança e pela Cooperação na Europa (OSCE), que denunciou um retrocesso democrático na ex-república soviética.
Yulia Tymoshenko, presa desde agosto de 2011, foi condenada a sete anos de prisão por abuso de poder. O caso provocou uma grave crise entre a Ucrânia e os países ocidentais, que consideram que a acusação tem motivações políticas.
(Com agência France-Presse)