Islamabad, 23 mai (EFE).- Um tribunal da região tribal de Khyber, no Paquistão, condenou nesta quarta-feira a 33 anos de prisão o médico que ajudou os serviços secretos dos Estados Unidos a encontrarem o terrorista Osama Bin Laden no ano passado, informou à Agência Efe uma fonte política da localidade.
Segundo a fonte, que preferiu não ser identificada, o médico paquistanês Shakil Afridi foi julgado por um tribunal de quatro membros e precisará pagar uma multa de 320.000 rúpias (cerca de US$ 3.500).
Afridi foi detido semanas depois da operação que resultou na morte de Bin Laden, na cidade de Abbottabad, em 2 de maio de 2011.
O médico, que segundo a imprensa local foi condenado por traição, participou de uma falsa campanha de vacinação contra a pólio orquestrada pela CIA para conseguir amostras de DNA que pudessem confirmar a presença de Bin Laden na cidade.
O jornal ‘Dawn’ disse que Afridi foi julgado por ordem das tribos do país, que ao contrário da legislação paquistanesa não adotam a pena de morte para crimes de traição.
Em janeiro, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, reconheceu que o médico teve um papel fundamental para localizar Bin Laden.
Dois dias depois dessas declarações, a comissão paquistanesa que investiga a morte de Bin Laden pediu que o médico fosse julgado por alta traição. EFE