Médico diz que recuperação de Cristina Kirchner será “total”
Papa envia telegrama para presidente argentina desejando sua recuperação
O resultado da cirurgia na presidente argentina, Cristina Kirchner, foi “excelente”, e sua recuperação será “total”. Essa é a avaliação do médico Pablo Rubino, chefe da seção vascular da Fundação Favaloro, o hospital de Buenos Aires onde Cristina foi operada na terça-feira para a drenagem de um hematoma cerebral.
O médico, que fez a declaração em entrevista a uma rádio argentina, não especificou quanto tempo levará para Cristina se recuperar e indicou que esse período varia de acordo com o paciente. Inicialmente, a imprensa argentina afirmou que Cristina deveria passar os três dias posteriores à operação na Unidade Terapia Intensiva (UTI) e mais alguns dias em um quarto. Antes da cirurgia, médicos haviam dito que ela precisaria de um mês de repouso para se recuperar do hematoma.
Nesta quarta-feira, o chefe de gabinete da Presidência, Juan Abal Medina, disse que toda a equipe está satisfeita com o resultado da cirurgia. “Estamos muito contentes com o resultado. Foi perfeito”, disse Medina.
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O papa Francisco, que é argentino, enviou nesta quarta um telegrama para Cristina, desejando sua “total recuperação”. “Nesse momento tão particular, desejo estar presente com minha oração pela senhora e pela total recuperação de sua saúde. Por meio destas palavras lhe rogo que me tenha presente”, escreveu o pontífice.
Nesta quarta-feira, dezenas de pessoas continuavam em vigília em frente ao hospital, rezando por Cristina e aguardando notícias sobre seu estado de saúde.
Histórico – No sábado, o porta-voz da Casa Rosada revelou que a presidente sofreu um trauma na cabeça em 12 de agosto, quando foram realizadas as primárias para as eleições parlamentares que serão realizadas daqui a vinte dias. Não ficou claro como a presidente se machucou. A pancada teria provocado o hematoma, que resultou em fortes dores de cabeça.
Cristina Kirchner, de 60 anos, foi eleita pela primeira vez em 2007 e reeleita em 2011. Ela sucedeu na Presidência o marido Néstor Kirchner, que morreu depois de sofrer uma parada cardíaca, em outubro de 2010.
A cirurgia vai manter Cristina fora de ação justamente no período que antecede as eleições legislativas do meio de mandato da presidente, em 27 de outubro. O resultado do pleito vai determinar o tamanho da base de Cristina no Congresso nos próximos dois anos. Com o afastamento de Cristina, o vice-presidente, Amado Boudou, assumiu a presidência.
(Com agências EFE e France-Presse)