Cirurgia de Cristina Kirchner foi bem-sucedida, diz porta-voz
Presidente da Argentina foi submetida a procedimento para retirada de hematoma na cabeça
A cirurgia da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi bem-sucedida, afirmou no início da tarde desta terça-feira o porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro. Ele acrescentou ainda que não houve nenhuma complicação no procedimento para drenar um hematoma cerebral e que Cristina já acordou da anestesia. “A presidente da nação já está em um quarto, e está de bom humor. Ela saudou e agradeceu a equipe médica e a todos que estão rezando por ela”, disse Scoccimarro, que informou ainda que Cristina estava acompanhada da mãe e dos filhos, Máximo e Florencia.
Um comunicado divulgado pelo hospital em que ela foi operada, a Fundação Favaloro, em Buenos Aires, confirmou que a cirurgia ocorreu sem complicações e que a presidente foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para recuperação. O comunicado, assinado pelos médicos Facundo Manes e Gerardo Bozovich, relata ainda que o estado de saúde da presidente “evolui favoravelmente” e que foram descartados eventuais riscos cardiovasculares após o procedimento.
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Segundo o jornal argentino La Nación, Cristina permanecerá as primeiras 48 horas internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e deve ficar pelo menos uma semana em recuperação no hospital. Dezenas de simpatizantes da presidente passaram a noite em vigília em frente à Fundação Favaloro, fazendo orações
Histórico – No sábado, o porta-voz da Casa Rosada revelou que a presidente sofreu um trauma na cabeça em 12 de agosto, quando foram realizadas as primárias para as eleições parlamentares que serão realizadas daqui a vinte dias. Não ficou claro como a presidente se machucou. A pancada teria provocado o hematoma que resultou em fortes dores de cabeça. O hematoma foi diagnosticado depois que Cristina procurou o hospital. Em agosto, a presidente foi submetida a uma avaliação, mas nada grave foi verificado.
Cristina Kirchner, de 60 anos, foi eleita pela primeira vez em 2007 e reeleita em 2011. Ela sucedeu na Presidência o marido Néstor Kirchner, que morreu depois de sofrer uma parada cardíaca, em outubro de 2010.
A cirurgia vai manter Cristina fora de ação justamente no período que antecede as eleições legislativas do meio de mandato da presidente, em 27 de outubro. O resultado do pleito determina quanto poder Cristina ainda terá no Congresso nos próximos dois anos.
Com a saída temporária de Cristina, o vice-presidente, Amado Boudou, substituiu a presidente em um ato oficial nesta segunda e também assinou o documento de transferência de comando, passando a ocupar formalmente a Presidência, como interino.
(Com agência France-Presse)