Médica russa do Greenpeace poderá ser libertada sob fiança
Yekaterina Zaspa era uma das 30 pessoas detidas pela Guarda Costeira russa após protesto no Ártico

Um tribunal russo concedeu liberdade – sob fiança – a uma das 30 pessoas detidas por um protesto do Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico. A corte determinou, nesta segunda-feira, que Yekaterina Zaspa, cidadã russa que trabalhava como médica do navio Arctic Sunrise, pode ser solta após o pagamento de fiança de 2 milhões de rublos (cerca de 140 000 reais). Yekatarina não estava entre os ativistas que tentaram escalar a plataforma de petróleo e permaneceu no navio durante o protesto. Outro tribunal acatou a orientação da promotoria e negou pedido de fiança a outro preso, o australiano Colin Russell. A prisão de Russell foi prorrogada até 24 de fevereiro.
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Os tribunais rejeitaram repetidamente libertar os ativistas sob pagamento de fiança. O atual mandado de prisão deles termina em 24 de novembro. Russell foi o primeiro dos 30 ativistas detidos a ter seu caso ouvido pelo tribunal. Seis outros réus terão seus casos analisados no tribunal ainda nesta segunda-feira. Os demais pedidos de extensão de prisão preventiva serão decididos ao longo da semana, incluindo o caso da bióloga brasileira Ana Paula Maciel.
Histórico – A Guarda Costeira russa apreendeu o navio do Greenpeace Arctic Sunrise, de bandeira holandesa, em 18 de setembro e deteve todos os 30 tripulantes de 18 nacionalidades diferentes. Os ativistas escalaram uma plataforma de perfuração de petróleo pertencente à estatal russa Gazprom para protestar contra os perigos da exploração no Ártico. Os detidos são acusados de vandalismo, crime que pode render sentenças de até sete anos de prisão na Rússia.
(Com agências Reuters e France-Presse)