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May: “Atrasar o Brexit não vai resolver a situação”

Premiê ainda respondeu às críticas de Jeremy Corbyn, líder da oposição que, segundo ela, está disposto a conversar com terroristas, mas não com ela

Por Da Redação
23 jan 2019, 14h03

Em sabatina frente ao Parlamento, na manhã desta quarta-feira 23, a primeira-ministra britânica Theresa May alertou os opositores de  que um possível atraso no prazo final para o Brexit não “resolveria a situação”.

Na segunda-feira 21, ela havia apresentado o “plano B” para seu acordo, muito semelhante ao recusado em votação na semana passada. Ainda sujeita a emendas dos parlamentares, a segunda versão dos termos dificilmente estaria fechada até o dia 29 de março, data limite para a saída do Reino Unido da União Europeia.

“A decisão permanece a mesma – meu acordo, sem acordo ou sem Brexit”, afirmou May durante as Questões ao Primeiro-ministro, tradicional convenção realizada toda quarta na Câmara dos Deputados do Reino Unido. 

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, acusou a primeira-ministra de ignorar outras opções para o Brexit, como seu plano de estabelecer uma união comercial com a União Europeia. Em resposta, May relembrou as reuniões que Corbyn recusou e disse que ele “não faz ideia” do que sua própria política propõe, já que o acordo do governo daria as mesmas garantias ambicionadas pelo plano trabalhista.

“O cavalheiro honorável esteve disposto a conversar com o Hamas, Hezbollah e o IRA sem impor condições, mas não se encontra comigo para conversar a respeito do Brexit”, alfinetou a primeira-ministra.

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Para Corbyn, “a porta do escritório de May pode estar aberta, mas a mente está completamente fechada”, já que ela estaria se negando a assumir o apoio externo angariado pelo plano da oposição.

Desde a derrota do “plano A”, parlamentares estão propondo alternativas ao acordo de Theresa May, incluindo uma prorrogação do prazo para desligamento do bloco econômico. A primeira-ministra insiste que o único “jeito certo” de evitar um Brexit sem acordo é a aprovação de seus termos.

Membros do Partido Conservador resistentes ao acordo de May, alarmados com a possibilidade de um prazo maior para a saída, se mostraram abertos a mudar de posição mediante alterações no backstop, um mecanismo de preservação do livre-comércio para evitar a reinstauração de uma fronteira dura na ilha da Irlanda, o que, segundo críticos, vai contra os objetivos de independência do Reino Unido.

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Trabalhistas e conservadores a favor do Brexit querem uma “saída dura” do Reino Unido do bloco europeu e estariam dispostos, para tanto, a ver a retomada da violência entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte.

“O público e os eleitores da saída não aceitarão o contrário e isso significa que, sim, eu vou votar por um acordo revisado que não inclua um ‘backstop’ permanente. Nesse caso, apesar do acordo ainda ter problemas, esses serão temporários e nossa saída no dia 29 de março estará garantida”, disse o conservador Ben Bradley.

Nadine Dorries, uma das conservadoras pró-Brexit mais fervorosas, disse à BBC que “consegue observar um consenso crescente entre muitos parlamentares.”

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“Muitas pessoas estão percebendo que nós deveríamos apoiar este acordo para passar dessa fase, porque cada dia aqui é um dia perigoso, no momento”, detalhou Dorries, se referindo a supostas manobras de parlamentares favoráveis a permanência do Reino Unido na União Europeia.

Ela reforça que a “questão chave para a maioria” é o DUP (maior partido da Irlanda do Norte, país envolvido na questão de fronteira). “Contanto que ele nos apoiem, será o suficiente para mim”, completou.

Os reforços podem não ser suficientes para que a líder vire o jogo em nova votação, diante da oposição ao pagamento de £39 bilhões pela quebra do contrato com a União Europeia, os membros que têm problemas pessoais contra a primeira-ministra e conservadores que ainda esperam um novo referendo.

Sob a lei vigente, o Reino Unido sairá da União Europeia no dia marcado mesmo que nenhum acordo tenha sido alcançado. A decisão de deixar o bloco foi tomada em um referendo de 2016. 52% dos britânicos foram a favor, 48% contra.

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