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Mau tempo e grandes ondas dificultam resgate de náufragos na Indonésia

Paula Regueira Leal. Jacarta, 18 dez (EFE).- O mau tempo e as ondas de até 4 metros de altura impediram localizar neste domingo os cerca de 200 náufragos desaparecidos no afundamento do navio de imigrantes que navegava rumo à Austrália. Pescadores da região conseguiram salvar 34 passageiros nas horas posteriores ao acidente em águas javanesas. […]

Por Da Redação
18 dez 2011, 09h56
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  • Paula Regueira Leal.

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    Jacarta, 18 dez (EFE).- O mau tempo e as ondas de até 4 metros de altura impediram localizar neste domingo os cerca de 200 náufragos desaparecidos no afundamento do navio de imigrantes que navegava rumo à Austrália.

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    Pescadores da região conseguiram salvar 34 passageiros nas horas posteriores ao acidente em águas javanesas. Desses, somente dois continuam internados.

    ‘Enviamos quatro botes e dois helicópteros, mas por enquanto não encontramos ninguém boiando. É provável que todos tenham se afogado’, revelou Gagah Prakoso, um porta-voz da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, segundo o site local ‘okezone.com’.

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    Prakoso destacou que inclusive para um bom nadador com colete salva-vidas seria impossível alcançar o litoral com condições meteorológicas tão adversas.

    ‘Quando um navio afunda desta maneira, é habitual que os corpos emerjam no terceiro dia’, acrescentou o porta-voz.

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    As autoridades indonésias estimam entre 215 e 250 o número de pessoas que estavam a bordo do navio, a partir das informações dadas pelos sobreviventes.

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    ‘A embarcação naufragou nas águas de Prigi, no leste de Java, a 90 quilômetros do litoral’, declarou o porta-voz do Centro para a Mitigação de Desastres da Indonésia, Sutopo Purwo, à rede de televisão ‘Metro’.

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    Purwo revelou que ainda não foram esclarecidas as causas do naufrágio da embarcação que transportava imigrantes de países como Afeganistão, Paquistão e Irã.

    O que se sabe é que o barco levava o dobro da capacidade de passageiros e que enfrentou grandes ondas.

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    ‘Senti quando a água tocava minhas pernas e acordei. Quando o navio afundou o pânico foi geral e todos tentavam se salvar’, contou Armaghan Haidar, um adolescente afegão de 17 anos, sobrevivente de naufrágio.

    O jovem revelou que ’30 pessoas estavam apoiadas em boias, mas cerca de cem ficaram presos dentro da embarcação’.

    Vários helicópteros, um pequeno avião, dois navios de guerra e mais de 300 pessoas do serviço de Salvamento, da Polícia e do Exército participaram neste domingo dos trabalhos de resgate.

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    Os ocupantes do navio pretendiam chegar à ilha australiana de Christmas, que está mais perto da Indonésia do que da própria Austrália, em busca de trabalho.

    Conforme a Polícia, os imigrantes ilegais pagaram entre US$ 2,5 mil e US$ 5 mil para fazer a travessia, cuja primeira etapa foi um voo de Dubai para Jacarta. Posteriormente, eles foram de ônibus até o porto sem se identificar em Java onde, mais tarde, embarcaram no navio acidentado.

    Alguns deles afirmaram ter família que os aguardava na Austrália. O Governo australiano classificou o fato como ‘uma tragédia preocupante’. Organizações pró-direitos humanos, no entanto, acusaram Canberra de ser parcialmente responsável pelas mortes por sua restritiva política de imigração.

    Milhares de imigrantes ilegais tentam chegar à Austrália todos os anos, muitos nas mãos de contrabandistas de pessoas que oferecem o serviço até o país por através arquipélago indonésio.

    Indonésia, por sua situação geográfica, pouca vigilância e estendida corrupção, se transformou nos últimos anos em porto de parada em direção à Austrália para muitos cidadãos de países pobres e instáveis da Ásia. EFE

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