Marinha italiana resgata 300 imigrantes no Mediterrâneo
Navios apresentaram problemas entre a Sicília e a Líbia e foram rebocados para Lampedusa
A Marinha italiana resgatou nesta terça-feira cerca de 300 imigrantes no Mediterrâneo, entre a Sicília e a Líbia. O resgate ocorre logo após o anúncio do lançamento de uma série de esforços para aumentar o número de patrulhas na região e impedir a repetição das tragédias que resultaram na morte de centenas de pessoas em naufrágios no mês de outubro.
Uma fragata e uma embarcação militar de patrulha foram mobilizadas na noite da segunda-feira, quando dois barcos usados por imigrantes, navegando separadamente, usaram telefones via satélite para pedir ajuda, segundo nota da Marinha. Eles foram resgatados e levados na para a ilha de Lampedusa.
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Em 3 de outubro, mais de 300 pessoas, a maioria eritreus, morreram em um naufrágio próximo de Lampedusa. Na sexta-feira passada, pelo menos 34 outros migrantes se afogaram na mesma região – embora autoridades suspeitem que o número possa ser mais alto.
Lampedusa, que fica a apenas 113 quilômetros da costa da Tunísia, atrai há duas décadas imigrantes africanos. Agora, a guerra civil na Síria e as crises políticas no Egito e em outros países árabes e africanos fizeram com que o fluxo de refugiados fosse intensificado.
Organizações humanitárias criticaram o reforço das patrulhas, que eles veem como uma crescente militarização das fronteiras, argumentando que as operações podem salvar vidas por um lado, mas que por outro deixará um grande número de imigrantes retido no deserto do Saara ou nas mãos de milicianos e criminosos líbios.
Grécia – Autoridades gregas informarm nesta terça que resgataram 73 sírios que naufragaram na costa de Peloponeso, sul do país. Eles foram transferidos sãos e salvos ao porto de Kalamata.
Os sobreviventes, incluindo onze mulheres e dezoito crianças, estavam a bordo de um barco sem bandeira que ficou sem combustível.
(Com agências EFE e Reuters)