Manifestantes tailandeses contrários ao governo pediram desculpas, nesta sexta-feira, pela invasão do Hospital Universitário Chulalongkorn na noite anterior. Cerca de 200 ativistas, conhecidos como “camisas vermelhas”, entraram no local em busca de soldados e policiais. Alguns pacientes tiveram de ser retirados e o funcionamento da unidade foi parcialmente interrompido.
“Realmente pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado. Alguns manifestantes estavam muito preocupados com a possibilidade do hospital abrigar tropas do governo”, disse o líder da oposição Weng Tojirakarn. Ele admitiu que alguns de seus companheiros têm uma atitude truculenta, o que prejudica a imagem do movimento, já mal visto pela classe média e pelas elites de Bangcoc.
Os manifestantes provocaram tumulto nos jardins, no saguão e no estacionamento do hospital. Sem encontrar nenhum soldado no local, os ativistas – muitos armados com pedaços de pau – deixaram o prédio uma hora após a invasão. Alguns deles queriam voltar para outra busca, mas os líderes dos “camisas vermelhas” impediram.
O primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, apareceu em rede nacional para criticar as ações recentes dos manifestantes, que também paralisaram várias áreas do centro da capital.
A maioria dos “camisas vermelhas” é de camponeses de classe social baixa. Eles pedem a dissolução do Parlamento e a realização de eleições. O grupo afirma que Abhisit chegou ao poder apoiado pelo Exército do país. Os militares derrubaram o então primeiro-ministro Thaksin Shinawatra em um golpe de estado, em 2006.
As manifestações na Tailândia, que duram mais de um mês, já deixaram pelo menos 27 mortos e mais de mil feridos.
(Com Reuters e Agência Estado)