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Malvinas: Argentina denuncia Reino Unido e ONU pede fim da tensão

Por Por Mariano Andrade
10 fev 2012, 15h36

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta sexta-feira que Argentina e Reino Unido “evitem uma escalada” na disputa pelas Ilhas Malvinas, logo depois de o chanceler argentino, Héctor Timerman, ter denunciado Londres nas Nações Unidas por “militarizar” o Atlântico Sul.

Ban Ki-moon “espera que os governos da Argentina e do Reino Unido evitem uma escalada nesta disputa e resolvam as divergências de forma pacífica e por meio do diálogo”, segundo um comunicado da ONU, após uma reunião entre o secretário-geral e o chanceler argentino, Héctor Timerman, em Nova York.

Assim como havia adiantado a presidente Cristina Kirchner, a Argentina denunciou nesta sexta-feira o Reino Unido na ONU pela “militarização” do Atlântico Sul, em resposta à decisão de Londres de enviar um moderno destróier às Ilhas Malvinas, ocupadas pelos britânicos desde 1883 e que têm sua soberania reivindicada pela Argentina.

“Vim às Nações Unidas para fazer uma denúncia contra a Grã-Bretanha pela militarização do Atlântico Sul”, afirmou Timerman, depois de reunir-se em Nova York com o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, a quem entregou uma cópia da carta de denúncia que enviará mais tarde ao presidente do Conselho de Segurança, Kodjo Menan.

“A Grã-Bretanha é, neste momento, a potência militar mais importante que existe nessa zona e recolhi dados a respeito de temas nucleares e armas nucleares”, acrescentou o chanceler argentino à imprensa.

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Em declarações à AFP, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido voltou a negar que sua nação esteja militarizando o Atlântico Sul e insistiu que qualquer ação na ONU é assunto da Argentina.

A tensão entre Buenos Aires e Londres aumenta com a proximidade do 30º aniversário da Guerra das Malvinas, que começou no dia 2 de abril de 1982 e terminou 74 dias depois com 255 britânicos e 649 argentinos mortos em combate e com a rendição das tropas da Argentina, na época governada por uma ditadura.

O último capítulo desta escalada ocorreu com a decisão britânica de enviar para a região das Malvinas um moderno destróier, o “HMS Dauntless”, e com a chegada do príncipe William, segundo na linha sucessória ao trono, para uma missão como piloto de buscas e resgate da Força Aérea Real (RAF).

Segundo Timerman, Ban Ki-moon “manifestou o quão importante é o forte apoio que a Argentina possui na região” e disse que isso “dá muita força para que a questão seja resolvida de forma pacífica”.

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A Argentina recebeu o apoio dos países latino-americanos em sua reivindicação pela soberania. Além disso, Brasil, Uruguai e Chile decidiram não permitir a entrada em seus portos de navios britânicos provenientes das Malvinas.

Nesta sexta, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, criticou o Reino Unido por dar um “tom belicista” a sua disputa com a Argentina pelas ilhas.

O Reino Unido é um dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, junto com Estados Unidos, França, Rússia e China.

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