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Maliki age como Saddam, acusa líder da oposição iraquiana

Gravações que basearam ordem de prisão do vice-presidente foram fabricadas, disse ex-premiê Iyad Allawi; declaração aprofunda crise política no Iraque

Por Da Redação
20 dez 2011, 17h46

O ex-primeiro-ministro do Iraque e líder do bloco sunita Iyad Allawi acusou nesta terça-feira o atual premiê, Nuri al Maliki, de agir como o ex-ditador Saddam Hussein ao tentar silenciar as forças de oposição. Allawi afirmou que as gravações que basearam a ordem de prisão do vice-presidente iraquiano Tarek al Hashemi, emitida nesta segunda-feira, foram fabricadas.

“Isso é assustador, mostrar confissões fabricadas”, disse Alawi em Amã, na Jordânia. “Pessoalmente, me faz lembrar o que Saddam Hussein costumava fazer quando acusava seus oponentes de serem terroristas e conspiradores”. As declarações de Allawi aprofundam a crise política no Iraque, um dia depois da retirada oficial das tropas dos Estados Unidos do país, e expõe o frágil pacto entre sunitas, xiitas e curdos para dividir o poder.

O ex-premiê iraquiano Iyad Allawi
O ex-premiê iraquiano Iyad Allawi (VEJA)

O vice presidente Tarek al Hashemi, um sunita, se refugiou no noroeste iraquiano, de maioria curda, após ter sua prisão decretada pela Justiça por suspeita de participação em ataques terroristas. Ele nega as acusações. Para o ex-premiê Allawi, que vem da maioria xiita no Iraque mas ganhou apoio dos sunitas, o primeiro-ministro al Maliki representa um perigo à nascente democracia no país. “Nós tememos a volta da ditadura por esta forma autoritária de governar. Foi a medida mais recente, que se junta a atrocidades, prisões e intimidação que tem ocorrido em larga escala”, declarou.

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Chefe do governo iraquiano durante dez meses entre 2004 e 2005, Allawi já foi acusado ele próprio de governar de forma autoritária. Ele afirmou que pretende trabalhar para retirar o atual primeiro-ministro do cargo. “Maliki cruzou todas as linhas vermelhas e o Iraque está agora diante de uma situação muito, muito difícil”.

Os americanos saíram sem completar o trabalho que deviam ter feito. Nós os avisamos de que não temos um processo político inclusivo para todos os iraquianos”, disse Allawi, que alertou para o crescimento do sectarismo e a influência do Irã no país. “Meu medo é que o povo iraquiano perca a fé no processo político. A não ser que a comunidade internacional se envolva e o bom-senso prevaleça, o Iraque vai se dirigir para um grande conflito”, completou.

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