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Malásia pede ajuda à Interpol para achar suspeitos norte-coreanos

Autoridades acreditam que suspeitos de planejar a morte de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder da Coreia do Norte, fugiram em 13 de fevereiro

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h30 - Publicado em 23 fev 2017, 09h43
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  • A Malásia pediu à Interpol que emita um alerta azul para localizar os quatro norte-coreanos suspeitos de planejar a morte na última semana de Kim Jong-nam, o irmão mais velho do líder da Coreia do Norte, informou nesta quinta-feira a polícia do país.

    O alerta serve para identificar alguém que tenha interesse para investigações policiais ou para obter informações. O chefe da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, disse que, até agora, não recebeu assistência da organização internacional em relação aos suspeitos, contra os quais as autoridades malaias já emitiram uma ordem de detenção. A autoridade afirmou também que fez requisição formal para uma entrevista com o segundo secretário da embaixada norte-coreana, para que apoie as investigações.

    As forças de segurança acreditam que os suspeitos fugiram da Malásia em 13 de fevereiro, o mesmo dia do suposto crime, e estão em Pyongyang, onde teriam chegado no dia 17 depois de passar por Jacarta, Dubai e Vladivostok.

    A morte aconteceu no aeroporto de Kuala Lumpur enquanto Kim Jong-nam, que viajava com um passaporte diplomático sob o nome de Kim Chol, esperava para embarcar rumo a Macau, onde vivia. A Polícia acredita que os quatro suspeitos recrutaram duas mulheres que supostamente borrifaram o rosto da vítima com uma substância tóxica que lhe causou a morte minutos depois, em uma ação que a Coreia do Sul atribui a agentes secretos da Coreia do Norte.

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    Coreia do Norte culpa Malásia por morte

    A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento no crime e, nesta quinta-feira, rotulou como “conspiração” a investigação sobre a morte de Kim Jong-nam e acusou a Malásia de confabular com Coreia do Sul.

    No primeiro pronunciamento dos veículos de comunicação norte-coreanos sobre o incidente, a agência estatal de notícias KCNA afirmou que Pyongyang acusa as autoridades da Malásia de terem confabulado com “a fraude conspiratória iniciada pelas autoridades sul-coreanas” que começaram os “rumores” do envenenamento de Kim Jong-nam. Além disso, censura Kuala Lumpur por ter atuado contra o direito internacional e “a ética e moralidade humana” ao realizar a autópsia de Kim sem sua autorização.

    A KCNA, que em nenhum momento menciona o nome Kim Jong-nam, a quem se refere como “um cidadão da República Popular Democrática de Coreia em posse de um passaporte diplomático”, assegura que a Malásia confirmou sua morte por parada cardíaca e que, por isso, não era necessária uma autópsia.

    Da mesma forma que fez anteriormente o embaixador da Coreia do Norte na Malásia, Kang Chol, a nota da KCNA acusou as autoridades de Kuala Lumpur de “politizar” o fato e de ser “imprudente” por se basear na versão da Coreia do Sul. Além disso, argumenta que “a maior responsabilidade da morte recai no governo da Malásia, já que o cidadão norte-coreano morreu em seu território”.

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    Os veículos de imprensa norte-coreanos tinham mantido um silêncio total em torno da morte de Kim Jong-nam que, apesar de que ser o primogênito do antigo líder Kim Jong-il, é uma figura totalmente desconhecida na Coreia do Norte. A tensão entre Pyongyang e Kuala Lumpur se intensificou na quarta-feira, quando a polícia da Malásia pediu para interrogar o segundo secretário da embaixada norte-coreana sobre a morte de Kim Jong-nam.

    As forças de segurança da Malásia mantêm presos três suspeitos do assassinato, enquanto emitiram um mandato de prisão contra outros quatro norte-coreanos que saíram do país pouco depois do ocorrido. As autoridades malaias ainda não identificaram formalmente a identidade da vítima nem revelaram os resultados da autópsia do corpo para reconhecimento da causas da morte.

    No entanto, o governo da Coreia do Sul insistiu desde o primeiro momento que Kim Jong-nam foi assassinado pelo regime de Pyongyang, o que chegou a qualificar como um “ato terrorista”.

    (Com Reuters e EFE)

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