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Mais de 7 milhões estão em quarentena na região de São Francisco

A área, sede das principais empresas de tecnologia dos EUA, tem o maior número de casos da Califórnia; medidas são as mais duras adotadas no país

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h27 - Publicado em 17 mar 2020, 13h43

As prefeituras de seis condados na Califórnia decidiram nesta terça-feira, 17, colocar sob quarentena cerca de 7 milhões de pessoas na tentativa de deter a propagação da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, na área da Baía de São Francisco.

Os moradores deverão ficar em casa por três semanas a partir do meio-dia desta terça. O governo proibiu a circulação de pessoas nas ruas e aglomerações acima de 10 pessoas sob pena de multas ou prisão. Somente estabelecimentos que ofereçam serviços essenciais, como bancos, farmácias, lavanderias, veterinários, postos de gasolina e depósitos de ferramentas, poderão operar.

Restaurantes vão poder abrir, mas somente para operarem com entregas. Creches e casas de cuidados para idosos poderão funcionar se respeitarem condições determinadas de higiene.

As medidas tomadas pelas prefeituras para deter a propagação do coronavírus são as mais duras adotas nos Estados Unidos, já que a área da Baía de São Francisco concentra 297 dos 575 casos confirmados em toda a Califórnia. O estado é o terceiro com mais infecções no país, que já registra 4.400 pessoas contaminadas.

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Os condados que estão sob quarentena são: Alameda, Contra Costa, Marin, São Francisco, São Mateo, Santa Clara e Santa Cruz.

A região está localizada ao redor do polo tecnológico do Vale do Silício, onde empresas como o Facebook, Google e Apple têm sua sede. A pressa de mitigar os efeitos na economia fez com que o governo da Califórnia aprovasse na segunda-feira um pacote de 1 bilhão de dólares para investir na saúde, higienização e em programa sociais para as pessoas em situação de rua no estado.

Já o governo federal anunciou nesta terça-feira que irá pedir ao Congresso 850 bilhões de dólares para injetar na economia e aliviar as bolsas de valores, que acumularam perdas recordes nas últimas semanas, além de auxiliar companhias aéreas. Apesar da medida, o governo americano já trabalha com a possibilidade de uma recessão econômica.

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O presidente americano, Donald Trump, contudo, está sendo criticado por sua resposta à pandemia. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, acusa o governo federal de não responder a crise de forma séria. O estado é o que registra mais infecções por coronavírus no país, com 950 casos.

Em uma carta aberta ao presidente publicada no jornal americano The New York Times, Cuomo diz que os governos estaduais não possuem os recursos necessários para combater a pandemia. Os testes de diagnósticos, por exemplo, só podem ser fabricados com autorização de agências federais e sob extrema regulação. No artigo, o governador pede a Trump que desburocratize a autorização para os laboratórios produzirem os kits em larga escala.

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Classificada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo coronavírus já atingiu 150 países infectando um total de 167.515 pessoas e matando 6.606. Segundo o boletim diário da OMS, somente na segunda-feira 16 foram identificados, fora da China, novos 13.874 infectados, elevando o total a 86.438.

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