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Mais de 500.000 iraquianos já fugiram de cidade dominada por terroristas

Entre os refugiados estão militares que abandonaram seus uniformes e armas. Jihadistas do grupo radical EIIL estão se movendo agora para cidade petrolífera

Por Da Redação
11 jun 2014, 08h26
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  • Já passa de 500.000 o número de iraquianos refugiados após uma ofensiva terrorista que colocou o grupo fundamentalista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) no controle de Mosul, a segunda maior cidade do país. Segundo a rede BBC, soldados que abandonaram seus uniformes e armas estão entre as pessoas que fugiram do local. A maioria dos refugiados se move a pé e carrega pertences em sacolas plásticas. A Organização Internacional para Migração, que tem monitorado a situação na região, comunicou que a invasão jihadista resultou em “um alto número de mortes entre civis”. Números oficiais não foram divulgados.

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    A tomada de Mosul ocorreu nesta terça-feira, após uma batalha de cinco dias travada entre as Forças Armadas iraquianas e os terroristas do EIIL nos arredores da cidade. Os jihadistas libertaram centenas de prisioneiros e ocuparam bases militares, postos de segurança, redes de televisão, bancos, o aeroporto e a sede do governo local. As pessoas que ficaram em Mosul disseram que os sistemas de água e energia foram interrompidos. Os terroristas também estão cobrando dinheiro para proteger quem ficou. “A situação está caótica dentro da cidade e não há ninguém para nos ajudar”, declarou Umm Karam, um funcionário do governo local.

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    Novos testemunhos indicam que os radicais ergueram bandeiras do grupo EIIL por toda cidade e disseram em alto-falantes que vieram para “libertar” Mosul. A BBC reportou que refugiados seguem para três cidades localizadas no Curdistão, onde autoridades armaram acampamentos temporários. O primeiro-ministro da região semiautônoma, Nechirvan Barzani, emitiu uma nota pedindo ajuda da ONU para atender ao fluxo de pessoas. Embora o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, tenha dito que está “profundamente preocupado” com a situação, nenhum posicionamento foi tomado com relação à crise. A comunidade internacional também não se mostrou disposta a intervir militarmente na região. As tropas americanas deixaram o país no final de 2011, depois de oito anos de ocupação. Desde então, o governo de liderança xiita tem enfrentado dificuldades para conter os militantes sunitas.

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    No momento, o receio das autoridades iraquianas é de que os terroristas ganhem novo fôlego para alcançar outras cidades. Segundo a rede CNN, primeiro-ministro Nouri al Maliki declarou que todos os soldados que abandonarem os seus postos serão processados por uma corte marcial. As Forças Armadas, no entanto, não parecem dispostas a arriscar suas vidas contra o aparato jihadista do EIIL. Parte dos radicais que dominou Mosul está se movendo para a cidade petrolífera de Baiji. A agência de notícias Reuters informou que as delegacias e o tribunal do município foram queimados pelos radicais. Jasim al-Qaisi, um morador local, afirmou que os extremistas telefonaram para os líderes tribais avisando da ofensiva. “Estamos avançando para morrer ou tomar o controle de Baiji, então avisamos a vocês para pedir aos seus filhos policiais e militares para entregar as armas e se render”, teriam dito os terroristas.

    Na refinaria de Baiji, que abastece a maioria das províncias iraquianas com petróleo, os guardas responsáveis pela segurança concordaram em deixar o local. O EIIL, que não teve sua aliança aceita pela Al Qaeda por ser “demasiadamente radical”, se tornou uma das principais forças jihadistas da região nos últimos meses. O grupo está no controle de importantes territórios na Síria, onde tenta derrubar o ditador Bashar Assad, e expandiu a luta armada para as fronteiras iraquianas com a intenção de impor um governo radical islâmico. Em comunicado, o Departamento de Estado americano manifestou “profunda preocupação” e disse que suas equipes em Bagdá e Washington estão monitorando os acontecimentos em conjunto com o governo Iraquiano e autoridades do Curdistão. O texto afirma ainda que o governo dos EUA “apoiaria uma resposta dura e coordenada”

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