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Coalizão do primeiro-ministro vence eleições parlamentares no Iraque

Atual premiê Nouri al Maliki terá direito a terceiro mandato, mas precisará fazer alianças, pois sua coligação não obteve maioria absoluta no Parlamento

Por Da Redação
19 Maio 2014, 13h50

A coalizão xiita Estado de Direito, liderada pelo primeiro-ministro do Iraque, Nouri al Maliki, venceu as eleições parlamentares no país, conquistando 92 cadeiras. O número, no entanto, não garante a maioria absoluta, de acordo com os resultados definitivos, anunciados nesta segunda-feira pela Comissão Eleitoral iraquiana.

Os resultados garantem 28% do total de 328 cadeiras do parlamento iraquiano à coalizão de Maliki, um ponto percentual a menos do que o conquistado nas eleições de 2010, na qual a coligação elegeu 89 deputados de 325. Enquanto isso, o Bloco dos Livres, liderado pelo poderoso clérigo xiita Moqtada al-Sadr, garantiu o segundo lugar, com 28 cadeiras, com uma porcentagem de 8,5%. O Bloco do Cidadão, presidido pelo líder religioso xiita Amar al-Hakim, obteve a terceira posição com 27 cadeiras e 8,2% da Câmara.

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A aliança Al Iraqiya, que concorreu às eleições fragmentada em quatro pequenos grupos, conseguiu um total de 59 cadeiras, 23 pelo bloco sunita Mutahidun, e 21 pela coalizão laica Al Wataniya, liderada pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi. Além disso, o grupo de Al Arabiya, liderado pelo vice-primeiro-ministro Saleh al Mutlaq, obteve dez cadeiras, enquanto o bloco sunita Lealdade a Diyala conseguiu cinco.

Esses resultados oferecem grandes possibilidades para Maliki buscar um terceiro mandato como primeiro-ministro, mas não lhe dão total autonomia para formar um governo apenas com sua coligação, tal como se comprometeu antes do dia da votação. Assim, Malik terá de fazer alianças para conseguir formar seu novo governo. À frente do governo iraquiano desde 2006, Maliki é criticado pela atual violência do país, que provoca a média de 25 mortes por dia. Em seu primeiro mandato, entre 2006 e 2010, conseguiu diminuir a violência, mas o segundo período de governo foi marcado pelo aumento incessante das mortes.

Além disso, os iraquianos sofrem com o desemprego, a corrupção e o péssimo funcionamento dos serviços públicos. As tensões entre xiitas e sunitas são profundas no Iraque e se tornaram um argumento político, utilizado pelo primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki e pelos jihadistas sunitas. A espiral de violência colocou a questão da segurança no centro dos debates, razão pela qual Maliki e seu partido basearam a campanha na necessidade de união em apoio ao governo para acabar com o banho de sangue.

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O anúncio dos resultados oficiais destas eleições, que foram realizadas no meio de uma divisão sectária e sob grandes medidas de segurança, atrasou quase vinte dias para permitir à Comissão Eleitoral estudar as queixas dos candidatos sobre as circunstâncias do sufrágio. A participação nestas eleições foi de 60%, dois pontos a menos que a registrada nas eleições de 2010.

(Com agência EFE)

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