Mais de 1,2 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia em direção a países vizinhos desde o início da ofensiva russa, em 24 de fevereiro, afirmaram nesta sexta-feira, 4, as Nações Unidas.
Segundo dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a Polônia tem sido o destino mais buscado, com cerca de 650.000 ucranianos cruzando a fronteira. Logo atrás ficam a Hungria, com 145.000, Moldávia, com 103.000, Eslováquia e Romênia, com 90.000 e 57.000, respectivamente.
A agência para refugiados da ONU estima que até 5 milhões de ucranianos serão deslocados ao longo do conflito. Espera-se que 3 milhões de pessoas cheguem só na Polônia, que faz parte da Otan, a principal aliança militar ocidental, e está mantendo as fronteiras abertas.
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Ainda de acordo com o Acnur, outras 53.000 pessoas deixaram o território ucraniano em direção à Rússia pelas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk e algumas outras centenas rumaram em direção à Belarus.
De acordo com o Ministério do Interior alemão, mais de 18.000 pessoas chegaram à Alemanha, que não faz fronteira com a Ucrânia, nos últimos oito dias.
“A Polícia Federal alemã constatou que a maioria dos refugiados é formada por famílias sem homens, com um grande número de mulheres e crianças”, disse o porta-voz do ministério, Maximilian Kall, a repórteres em Berlim.
De acordo com ele, cerca de 3.000 não são residentes da União Europeia, porém reforçou que aqueles que estiverem fugindo da zona de guerra são bem-vindos no país. A maioria dos refugiados não ucranianos tinha residência permanente na Ucrânia, o que significa que eles não precisam passar por um procedimento de asilo.
“As pessoas que estão fugindo do confronto podem entrar na UE, independentemente de serem requerentes de asilo ucranianos ou cidadãos de outros países”, completou.
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Mais cedo, o Acnur elogiou a aprovação da União Europeia em oferecer proteção temporária não apenas a ucranianos, mas também a cidadãos de países terceiros que viviam na Ucrânia de maneira legal. No entanto, reforçou para que a ajuda seja destinada para os que viviam de ilegalmente e para os apátridas, que não têm nacionalidade.
A Organização Internacional para as Migrações, parte do sistema ONU, se juntou ao apelo, observando o grande número de relatos sobre discriminação que vem acontecendo contra não ucranianos nas fronteiras.