Mãe de atirador pedia que babá acompanhasse o filho de perto
Em um programa de TV, amigos de Nancy a descrevem como 'dedicada' a Adam
Por Da Redação
17 dez 2012, 17h00
Nancy Lanza, a mãe do jovem que na sexta-feira cometeu um dos piores massacres da história dos Estados Unidos, pediu a um rapaz que trabalhava como babá de Adam que nunca deixasse de prestar atenção no menino. Ryan Kraft, que agora vive na Califórnia, relatou à rede CBS que Nancy lhe pediu para “sempre observar Adam de perto e nunca lhe dar as costas”.
Kraft contou que na época tinha por volta de 14 e que Adam, 9 anos, e lembrou que o menino era muito inteligente, mas calado e introvertido. “Quando fazia algo, como construir com Lego ou jogar videogames, ficava realmente concentrado. Era como se estivesse em seu próprio mundo.” Segundo Kraft, que estudou na escola Sandy Hook antes de se mudar para Hermosa Beach, Nancy tratava seus filhos muito bem e se esforçava para dar uma vida boa a eles.
Ele não soube explicar, porém, por que Nancy mantinha um arsenal em casa e até levava Adam para práticas de tiro. Kraft disse que, após ouvir as notícias do tiroteio, começou a tremer e não conseguia pensar em nada. Mas depois ele decidiu que poderia arrecadar fundos para ajudar as crianças de Newtown a se recuperarem do trauma.
Mãe dedicada – Amigos de Nancy Lanza a descreveram como “dedicada” a seu filho Adam em um programa de televisão da rede NBC nesta segunda-feira. Um deles, John Bergquist, afirma que o tiro era “um dos hobbies” de Nancy, embora ela também tivesse outros interesses, como as artes e a cultura em geral.
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Outro amigo, Russell Hanoman, conta que foi ela que ensinou Adam como usar as armas que possuía. “Ela me disse que queria apresentá-los às armas para ensinar, especialmente a Adam, um senso de responsabilidade”, diz ele. “Armas exigem respeito, e ela realmente tentou incutir isso nele. Adam adorava ser cuidadoso com elas. Era uma fonte de orgulho.”
Hanoman também descreve Adam como “uma criança claramente problemática”. “Ele tinha a síndrome de Asperger (uma forma de autismo) – Nancy mencionou isso várias vezes”, conta. “Adam era muito calmo, retraído, como a maioria das crianças com Asperger.”
Ellen Adriani, também amiga de Nancy, diz que em alguns momentos Adam gostava de se isolar e que Nancy sabia bem como reagir a esse comportamento. “Uma vez ele estava doente e simplesmente não queria que a mãe entrasse em seu quarto. Então, ela permaneceu do lado de fora a noite toda, ouvindo o filho perguntar de tempos em tempos: você está aí? E ela respondia: sim, estou aqui. Adam queria que ela estivesse por perto em certo grau, mas não exatamente no mesmo espaço que ele”, relata Ellen.
Armas – No domingo, a imprensa americana divulgou que Nancy Lanza amava armas, e frequentemente levava seus filhos para um dos espaços de tiro localizados em subúrbios no nordeste da cidade de Nova York, onde mora uma ativa comunidade de fãs de armas. Em suas visitas a um bar local, ela às vezes falava sobre sua coleção de armas.
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Na última sexta-feira, Adam matou a mãe e dirigiu-se à escola primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, onde abriu fogo e deixou 20 crianças e seis adultos mortos, antes de cometer suicídio. No dia do massacre foi divulgado que Nancy era professora do colégio, mas depois um superintendente da escola disse não haver evidências de que ela tenha trabalhado no local.
Uma das armas de Nancy aparentemente foi usada para tirar sua vida. Sua fascinação por armas transformou-se em um importante foco de atenção na investigação sobre o que teria levado o jovem de 20 anos a realizar o massacre.
Segundo as investigações, Nancy tinha cinco armas: duas pistolas, dois rifles tradicionais de caça e um rifle semiautomático similar às armas usadas pelas tropas americanas no Afeganistão. Seu filho levou as duas pistolas e o rifle semiautomático para a escola. Segundo os policiais, as armas teriam sido adquiridas legalmente e estavam registradas.
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