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Maduro diz não aceitar ‘chantagens’ e acusa Trump de querer matá-lo

Líder venezuelano admite haver desertores entre os militares e diz que só negocia com a oposição sob a mediação da Rússia

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h56 - Publicado em 30 jan 2019, 16h39
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  • Em entrevista à agência russa RIA publicada nesta quarta-feira, 30, o líder venezuelano Nicolás Maduro acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de orquestrar com a Colômbia um plano para assassiná-lo. Maduro afirmou ainda que não aceitará “ultimatos nem chantagens” e insistiu ter o apoio dos militares venezuelanos.

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    Em um deslize, porém, admitiu haver desertores na Força Armada Nacional Bolivariana, aos quais acusou de conspirarem para dar um golpe de Estado. “Eles agora são mercenários da oligarquia colombiana e conspiram da Colômbia para dividir as Forças Armadas”, afirmou, sem dar detalhes sobre o suposto plano americano.

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    Maduro enfrenta seu maior desafio desde que assumiu o poder, depois da morte de Hugo Chávez, em 2013. Tomou posse para seu terceiro mandato no último dia 10, mas parte da comunidade internacional não conferiu legitimidade a seu governo e apoiou o autodeclarado presidente interino, o opositor Juan Guaidó, escudado por amplas manifestações populares.

    À agência RIA, Maduro repetiu o bordão de seu antecessor de que o presidente americano quer matá-lo. Bogotá e Washington já refutaram sua acusações anteriores como cortina de fumaça para seus problemas domésticos. Mas a especulação sobre ações militares americanas ganharam força nesta semana quando o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, descuidou de suas anotações durante uma entrevista à imprensa. “5.000 soldados para a Colômbia”, escrevera em seu caderno.

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    “Donald Trump deu, sem dúvida, uma ordem para me matarem, e disse ao governo da Colômbia e à máfia colombiana para que me matassem”, declarou.

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    Em sua conta no Twitter, Trump alertou cidadãos americanos para que não viajem para a Venezuela, dada a crise diplomática entre os Estados Unidos e esse país. Ele também ironizou o fato de Maduro ter se disposto a negociar com a oposição somente depois de Washington ter aplicado sanções draconianas sobre a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).

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    Maduro, porém, demonstrou boa vontade para engajar-se em uma possível negociação com a oposição venezuelana. Mas ignorou as ofertas do Uruguai e do México de mediar o diálogo e mencionou apenas a possível intermediação da Rússia. 

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    Suas condições prenunciam a impossibilidade de acordo. Maduro afirmou-se contrário à exigência de Guaidó de convocação de eleições presidenciais o mais breve possível. Para ele, o próximo pleito só acontecerá no final de seu atual mandato, em 2025. Como alternativa, propôs a eleição para a Assembleia Nacional, onde a oposição detém a maioria dos assentos e que tem Guaidó como presidente.

    A entrevista de Maduro foi publicada pela RIA poucas horas antes de outra manifestação em favor de sua renúncia. O protesto foi convocado por Guaidó. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), quarenta mortes foram confirmadas desde o início das manifestações, na quarta-feira 23.

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    Em sinal de indisposição com os países vizinhos que, em sua maioria, apoiam o presidente interino, a polícia prendeu dois jornalistas chilenos nas proximidades do palácio presidencial de Miraflores. Eles ainda não foram soltos.

    (com Reuters)

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