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Maduro assume e chanceler promete eleição em 30 dias

Integrantes do núcleo duro de Chávez asseguram a manutenção das bandeiras do coronel. Vice Nicolás Maduro assumirá Presidência interinamente

Por Da Redação
6 mar 2013, 00h15

Os primeiros sinais emitidos pelo governo venezuelano no dia da morte de Hugo Chávez apontam mais para uma tentativa de manter as bandeiras defendidas pelo coronel do que para o respeito absoluto à via democrática para se definir o futuro comando do país. O ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, informou que o vice-presidente Nicolás Maduro assumirá a Presidência interinamente até a realização de novas eleições, em 30 dias. Ele disse ainda que o próprio Maduro será o candidato oficialista para o pleito.

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O artigo 233 da Constituição Venezuelana prevê que, em caso de ausência absoluta do presidente eleito antes da tomada de posse, será realizada uma nova eleição dentro de 30 dias. Neste período, o chefe da Assembleia Nacional assumirá a Presidência interinamente. Se a ausência absoluta ocorrer durante os quatro primeiros anos do mandato, será realizada uma nova eleição dentro de 30 dias e o vice-presidente ficará no comando interinamente. Ou seja, os governistas assumem ainda a tese de que Chávez estava no comando do país, mesmo sem ter tomado posse no dia 10 de janeiro – como previsto no texto constitucional. Tese que foi ratificada pelo Judiciário sob o argumento de “continuidade administrativa”, uma vez que o mandatário foi reeleito.

Mais tarde, em entrevista à TV chapa-branca Telesur, o chanceler acrescentou que a morte do caudilho não detém o processo “revolucionário”. “Não podemos estar em paz até que seu legado seja irreversível”. Jaua, que já foi vice-presidente, é um dos integrantes do núcleo duro de Chávez que vinha dando informações sobre seu estado de saúde. Ao lado do próprio Maduro, que se tornou o principal porta-voz durante a ausência do mandatário – na Venezuela, o vice-presidente não é eleito, mas nomeado.

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O chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, seguiu a linha de defesa dos ideais chavistas e disse que “mais batalhas” políticas virão depois da morte do caudilho. “Virão mais batalhas e todas elas estarão sendo comandadas por Hugo Chávez Frías”, disse o vice-presidente do partido governista, o PSUV. “Nós temos que carregar as bandeiras de Chávez”.

Militares – As Forças Armadas foram mobilizadas para “garantir a paz” e o ministro da Defesa, Diego Alfredo Molero Bellavia, ao mesmo tempo em que levantou a necessidade de se “respeitar a Constituição”, entoou um “Vida longa, revolução”: “Podem contar conosco, os homens e mulheres das Forças Armadas do país, que, juntos, vão assegurar que a Constituição seja respeitada. Nós nos unimos à nação em sua dor e uma vez mais pedimos unidade e paz entre todos. Nós todos, a partir deste momento, teremos uma missão a cumprir e nos certificaremos, pelo bem da nação, de que ela será cumprida. Vida longa, Chávez. Vida longa, revolução”.

A presidente do Superior Tribunal de Justiça, Luisa Estella Morales, afirmou que o Judiciário – outro poder alinhado com o chavismo – compartilha com as Forças Armadas a “responsabilidade que nos corresponde e o sentimento de força diante da adversidade que temos”. “Não temos dúvida de que o que foi semeado por nosso chefe de estado continuará adiante”, completou.

Teoria conspiratória – Mesmo antes do anúncio oficial sobre a morte, ao preparar a população para a notícia, o vice Maduro fez um longo discurso no qual sugeriu que a doença de Chávez teria sido causada por um “ataque” de seus inimigos. “Os inimigos históricos da pátria buscaram o ponto para prejudicar a saúde do comandante. É um tema muito sério que terá que ser investigado”.

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O governo também anunciou a expulsão de dois funcionários americanos no país, que, na interpretação chavista, participariam de um plano de desestabilização contra o Exército venezuelano. As acusações foram negadas pelos Estados Unidos.

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