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Maduro agora culpa programas de TV por criminalidade

Venezuelano quer acabar com "narconovelas" e séries "que promovem uso de drogas e culto às armas". Para isso, vai se reunir com donos de redes de TV

Por Da Redação
17 Maio 2013, 20h11

Na semana em que foi concluída a venda da Globovisión, último canal crítico ao governo venezuelano, o presidente Nicolás Maduro confirmou que vai se encontrar com donos de outros dois canais privados de televisão para orientá-los a fazer mudança na grade de entretenimento. O herdeiro político de Chávez quer acabar com o que ele diz ser “antivalores do capitalismo” transmitidos pelos veículos de comunicação.

“Já chega de narconovelas e de séries de televisão que promovem o uso de drogas, o culto às armas. Por que as novelas têm de promover a deslealdade, a traição, o narcotráfico, a violência, a cultura das armas, a vingança?”, defendeu Maduro. Na segunda-feira, ele afirmou que vai propor a criação de uma televisão “muito diferente” da que é feita hoje na Venezuela, em reunião com Omar Camaro e Gustavo Cisneros, proprietários da Televen e da Venevisión, respectivamente.

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O discurso do herdeiro chavista tem como objetivo encobrir o fato de que a insegurança é um dos maiores problemas da Venezuela. Maduro coloca a culpa nas empresas de comunicação. “A pobreza não é a única causa da delinquência, porque a Venezuela tem os índices mais altos do mundo em superação (da pobreza). Outra grande causa são os antivalores do capitalismo transmitidos pela televisão”.

No início desta semana, o governo venezuelano ordenou o envio de 3.000 militares às ruas para combater a criminalidade. No lançamento do programa, chamado Plano Pátria Segura, ele já havia dado pistas do seu plano de interferir ainda mais nas redes de TV. “Às vezes o que a escola faz em seis horas e os pais fazem em casa, um programa televisivo destrói”, disse, segundo a imprensa venezuelana. “Não vamos permitir programas que promovam a prostituição, as drogas, a violência. Que se interrompa o festim da morte”.

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A criminalidade na Venezuela disparou ao longo dos 14 anos do governo do coronel Hugo Chávez, tornando-se uma das maiores preocupações da população. Em 2012, o governo registrou 16.072 assassinatos, o que representa um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. No entanto, o Observatório Venezuelano de Violência (OVV) divulgou um número ainda maior, com 21.692 pessoas assassinadas.

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