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Macron diz que crise na Ucrânia pode levar meses para ser resolvida

Presidente francês se reuniu por longas horas com os presidentes de Rússia e Ucrânia

Por Matheus Deccache 8 fev 2022, 15h01
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  • KIEV, UKRAINE - FEBRUARY 8, 2022: France's President Emmanuel Macron (L) and Ukraine's President Volodymyr Zelensky shake hands during a joint press conference following their meeting at the Mariyinsky Palace. Irina Yakovleva/TASS (Photo by Irina YakovlevaTASS via Getty Images)
    Macron se reuniu nesta terça com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (Irina Yakovleva/Getty Images)

    O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira (8) que a solução para a crise da Ucrânia pode levar meses. A declaração foi feita após reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski. Ele também se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, na última segunda-feira. 

    Macron está tentando liderar as negociações de paz para encerrar o conflito que já dura quase oito anos e foi iniciado com a invasão russa à Crimeia. O mandatário disse que seu encontro de mais de cinco horas com Putin, na última segunda, ajudou a garantir que não haverá uma escalada da crise.

    Após o encontro com Zelensky, o chefe de Estado francês acrescentou que é imprescindível diminuir as tensões na região. Em relação aos atritos entre o Kremlin e a Otan a respeito do acúmulo de tropas russas próximo à fronteira, ele disse acreditar que “existem soluções concretas e práticas que permitirão que avanços sejam feitos”.

    “Ao adotar essa postura ameaçadora, a Rússia decidiu pressionar a comunidade internacional. Nós não podemos subestimar isso”, disse ele, reconhecendo o papel dos russos na crise.

    Enquanto tenta desempenhar um papel de mediador na crise, a França, que é membro importante da Otan, segue alinhada a Kiev e aliados ocidentais e está movimentando tropas para a Romênia como preparação para uma eventual invasão russa. 

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    Macron disse ainda que a atual arquitetura vigente na Europa precisa ser revista, uma vez que ela foi desenvolvida durante o período pós-Segunda Guerra. Segundo ele, isso precisa ser corrigido, uma vez que os acordos estão desatualizados e não são mais funcionais para o continente. 

    O presidente francês conversou por telefone no último domingo com o chefe de Estado americano, Joe Biden, antes de viajar para a Rússia para se encontrar com Putin. Na sequência, ele foi até Kiev, onde se reuniu com Zelensky na tentativa de diminuir as tensões no leste europeu. 

    Macron ainda viajará a Berlim junto com o presidente polonês, Andrzej Duda, para uma cúpula sobre a crise, sediada pelo chanceler alemão, Olaf Scholz. 

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    O governo russo é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A Aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira com a Ucrânia para preparar um ataque.

    Putin afirmou ainda que uma eventual adesão do país vizinho à Aliança é uma ameaça não apenas à Rússia, mas também a todos os países do mundo. Segundo ele, uma Ucrânia fortalecida pela aliança com o ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado entre a Rússia e a Otan. 

    Na última segunda, o presidente russo que “não haverá vencedores” no caso de uma guerra do país com a Aliança. De sua parte, o mandatário afirmou que “faremos tudo para encontrar compromissos que satisfaçam todos”.

    “Se uma guerra eclodir, não haverá vencedores. Eles nem terão tempo para piscar os olhos”, declarou Putin durante uma entrevista coletiva no Kremlin, citando arsenal nuclear.

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