O presidente da Argentina, Mauricio Macri, é apontado como sócio da empresa Fleg Trading Ltd, localizada nas Bahamas e que seria uma fachada para evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A revelação está nos documentos expostos neste domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), chamados de Panama Papers.
“A Presidência da Nação informa que o senhor Mauricio Macri nunca teve, nem tem, uma participação no capital dessa sociedade”, informou um comunicado oficial emitido pela Casa Rosada. De acordo com a Presidência argentina, a “sociedade, que tinha como objeto participar de outras sociedades não financeiras como investidora ou holding, era vinculada ao grupo empresarial familiar e, portanto, o senhor Macri fora designado ocasionalmente como diretor, sem participação acionaria”.
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A nota oficial, um tanto confusa, também informa que “o presidente Macri não declarou o ativo em sua declaração fiscal, pois só devem ser considerados os ativos e nunca foi acionista dessa sociedade por isso não corresponde inclui-la”. Por fim, o texto indica que qualquer informação extra pode ser acessada “livremente” na declaração patrimonial que Macri apresentou quando era chefe do governo da cidade de Buenos Aires, “já que tal referência é pública”.
Reinaldo Azevedo
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(Com agência EFE)