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Lula diz não ter desistido do acordo Mercosul-UE: ‘Vou lutar para fazer’

Governo brasileiro se voltou para a Alemanha em busca de apoio político, enquanto a França declarou-se 'totalmente contra' o pacto

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2023, 06h39 - Publicado em 4 dez 2023, 14h20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira, 4, que não desistiu do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e que ainda tem esperança de que o texto seja assinado. A fala ocorreu durante viagem à Alemanha, nação mais favorável ao pacto do que a França, por onde o petista passou anteriormente e ouviu críticas duras.

Em entrevista na Alemanha, na última etapa da turnê internacional que fez nos últimos dias, Lula comentou entraves recentes nas negociações, como as críticas do presidente francês, Emmanuel Macron, aos termos do pacto e uma possível resistência do presidente eleito na Argentina, Javier Milei, que assume o cargo no dia 10 de dezembro.

“Eu só posso dizer que não vai ter assinatura (do acordo) na hora que terminar a reunião do Mercosul. Enquanto eu puder acreditar que é possível fazer esse acordo, eu vou lutar para fazer. Porque, depois de 23 anos, se a gente não concluir o acordo, é porque nós estamos sendo irrazoáveis com as necessidades que temos de avançar nos acordos comerciais, políticos e econômicos”, disse o mandatário brasileiro.

Lula argumentou que a cúpula do Mercosul, que ocorre nos dias 6 e 7 de dezembro, no Rio de Janeiro, é um “momento decisivo” para a negociação, já que o Brasil preside o bloco até este mês. Depois, quem assume a liderança pro tempore é o Uruguai, governado por um chefe de Estado muito menos amigável com o bloco sul-americano, Luis Lacalle Pou.

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Amigo alemão

Além disso, Lula divulgou uma declaração conjunta com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, também nesta segunda-feira, em que os dois apoiam a celebração do acordo de livre-comércio entre União Europeia e Mercosul.

“Vamos envidar esforços adicionais para que esse acordo possa ser concluído”, afirmou Scholz, ressaltando que, no governo petista, “a preservação das florestas se tornou novamente uma prioridade”.

A viagem à Alemanha é vista como uma boia salva-vidas para o acordo, que corre o risco de afundar. Nesta segunda-feira, a secretária da América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, afirmou que o Brasil está buscando junto à Alemanha e à Espanha um caminho para destravar as negociações sobre o acordo de livre-comércio.

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Segundo ela, que discursou na Cúpula Social do Mercosul, no Rio, há vontade política do governo alemão para chegar a um consenso que seja benéfico para os países de ambos os blocos.

Inimigo francês

Tudo isso ocorre poucos dias após o francês Emmanuel Macron declarar que é “totalmente contra” a assinatura do pacto comercial e chamar os termos atuais de “antiquados”.

“Não posso pedir aos nossos agricultores, às indústrias francesas e em toda a Europa que façam esforços, que apliquem novas práticas para descarbonizar e que eliminem certos produtos e dizer que estou removendo todas as tarifas para trazer produtos que não aplicam essas regras, e que isso vai ser ótimo”, disse ele, na ocasião.

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