Caracas, 6 dez (EFE).- Hugo Chávez conversou por telefone com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lhe confirmou que visitará a Venezuela após terminar seu tratamento contra o câncer de laringe.
Segundo um comunicado emitido nesta terça-feira pela chancelaria venezuelana, o presidente ligou para seu amigo Lula e constatou seu ‘bom estado de ânimo’. Os dois também conversaram sobre a recém-criada Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
‘Chávez ratificou seu convite ao líder brasileiro para que visite Caracas em breve, com o objetivo de revisar os principais temas de interesse político, ao que Lula garantiu que viria ao país com toda certeza uma vez que tenha concluído seu tratamento médico’, informou o texto oficial.
O líder venezuelano confirmou no último dia 1º que pretende visitar Lula em dezembro, em uma data próxima à nova posse da presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que será realizada no próximo dia 10 e da qual Chávez quer participar.
Segundo o comunicado, Lula assegurou ter seguido com ‘atenção’ a instalação da Celac, o novo organismo americano que exclui Estados Unidos e Canadá, assim como os discursos dos diferentes chefes de Estado.
O ex-presidente felicitou Chávez pelo ‘grande passo histórico’ e ressaltou a necessidade de ‘redobrar esforços e reforçar a vontade dos países da região, a fim de consolidar a Celac como uma verdadeira comunidade de nações irmãs e soberanas’.
Enquanto isso, o governante venezuelano reconheceu os ‘primeiros esforços’ do líder brasileiro durante a I Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, em dezembro de 2008 em Salvador, na Bahia, que, segundo o texto, ‘representou uma significativa mudança de rumo na integração regional’.
Lula, de 65 anos, enfrenta um câncer de laringe que foi detectado no último dia 29 de outubro e que já o obrigou a se submeter a duas sessões de quimioterapia, enquanto Chávez, de 57, garante ter se recuperado de um câncer na região pélvica do qual foi operado no dia 20 de junho. EFE