O presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscou, nesta quinta-feira, apoio da China para a continuação das negociações com o Irã sobre o impasse que envolve o programa nuclear da República Islâmica. Mas, por outro lado, também defendeu que o governo iraniano mostre flexibilidade.
Lula se reuniu com o presidente chinês, Hu Jintao, e, segundo uma fonte do governo brasileiro, tentou convencer o colega a evitar que as Nações Unidas imponham sanções ao Irã. A China é membro pernamente do Conselho de Segurança da ONU.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou que o presidente Lula disse a Hu Jintao que as medidas não só poderiam ser ineficazes, mas também contraproducentes.
Segundo Amorim, Lula também afirmou que é importante o governo do Irã revelar flexibilidade neste tema porque o país tem direito de manter o programa nuclear para fins pacíficos.
Na quarta-feira, o subsecretário dos EUA para Assuntos Políticos, William Burns, disse, em audiência no Senado americano, acreditar que a China apoiará ações mais enérgicas contra a República Islâmica.
Potências ocidentais, lideradas pelos EUA, têm pressionado para que seja aprovada uma nova resolução da ONU com novas sanções ao Irã por causa do programa nuclear, que o governo iraniano alega ter fins pacíficos.
Nesta quinta-feira, diplomatas afirmaram que representantes dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha voltaram a discutir o assunto.
O presidente chinês veio ao Brasil para participar de reunião de países que formam o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).
(Com Reuters)