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Líder de Belarus concede a si mesmo imunidade vitalícia contra processos

Alexander Lukashenko, conhecido como 'último ditador da Europa', também proibiu líderes da oposição exilados de concorrerem às eleições presidenciais

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h37 - Publicado em 4 jan 2024, 17h10
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  • O líder de Belarus, Alexander Lukashenko, assinou uma lei nesta quinta-feira, 4, que concede a si mesmo imunidade vitalícia contra quaisquer processos criminais, e também impede que líderes da oposição exilados se candidatem a futuras eleições presidenciais.

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    Teoricamente, a lei se aplicaria a qualquer ex-presidente bielorrusso e membros de sua família. Mas, na prática, só serve para Lukashenko, que aos 69 anos governa Belarus há quase 30 anos.

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    A medida reforçará ainda mais os poderes do “último ditador da Europa”, como ele é conhecido, e eliminar potenciais adversários nas próximas eleições presidenciais do país, marcadas para 2025.

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    O que diz o novo regulamento

    De acordo com o texto da nova lei, Lukashenko, caso algum dia deixe a presidência, “não poderá ser responsabilizado por ações cometidas no âmbito do exercício dos seus poderes presidenciais”.

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    A lei também diz que o presidente e os membros de sua família receberão proteção estatal vitalícia, assistência médica e seguro de vida e saúde. Depois de renunciar, o presidente também se tornaria membro permanente e vitalício da câmara alta do parlamento.

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    Os pré-requisitos para que pessoas se candidatem à Presidência, por sua vez, foram ampliados, enquanto tornou-se impossível eleger líderes da oposição que fugiram para países vizinhos nos últimos anos em busca de asilo da perseguição.

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    Apenas cidadãos que morem permanentemente em Belarus durante ao menos 20 anos e nunca receberam autorização de residência em outro país podem concorrer nas eleições.

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    Mão de ferro

    Belarus foi tomada por uma onda de grandes protestos em 2020, após a controversa reeleição de Lukashenko para um sexto mandato. Tanto a oposição quanto observadores internacionais condenaram o pleito como fraudulento.

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    Na época, a polícia bielorrussa prendeu mais de 35 mil pessoas, muitas das quais foram torturadas na cadeia ou deixaram o país. Hoje, estima-se haver cerca de 1.500 presos políticos em Belarus.

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    Lukashenko também foi acusado de envolvimento na deportação de crianças ucranianas para a Rússia e Belarus, no contexto da guerra na Ucrânia, o que é considerado um crime de guerra pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

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    A líder da oposição bielorrussa, Sviatlana Tsikhanouskaya, que fugiu para a vizinha Lituânia em 2020, disse que a medida denota o “medo de um futuro inevitável”, sugerindo que Lukashenko deve estar preocupado com o que pode acontecer caso deixe o poder.

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