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Líbia tem 6.000 mortos, diz liga de direitos humanos do país

Kadafi afirmou que haverá novas baixas, em caso de intervenção estrangeira

Por Da Redação
2 mar 2011, 14h00

Os conflitos provocados pela repressão violenta das manifestações contra o governo de Muamar Kadafi deixaram 6.000 mortos, afirmou o porta-voz da Liga Líbia dos Direitos Humanos, Ali Zeidan. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira, no momento em que o ditador dizia, em tom ameaçador, que uma intervenção estrangeira em seu país deixaria “outros milhares de mortos”. No discurso à TV, Kadafi voltou a provocar seus opositores, alegando que seu país é uma “verdadeira democracia”.

O ditador negou a existência de protestos contra o seu governo e pediu que a Organização das Nações Unidas (ONU) envie uma missão de verificação ao país. Ele ainda prometeu: “Combateremos até o último homem e a última mulher”.

Já a oposição, que controla diversas áreas no leste da Líbia, pediu à comunidade internacional que autorize bombardeios contra os mercenários que defendem o ditador, indicou um porta-voz dos rebeldes. “Nós pedimos às Nações Unidas e a todos os organismos internacionais que autorizem ataques aéreos contra posições e redutos de mercenários”, declarou Abdel Hafiz Ghoqa, na cidade de Bengasi, reduto da oposição.

Ele disse também que os mercenários são provenientes de países como Níger, Mali e Quênia, e foram recrutados pelo coronel para contra-atacar as rebeliões. O apelo da oposição ocorre enquanto potências internacionais discutem um possível bloqueio aéreo ao país e uma intervenção humanitária.

Crise humanitária – De acordo com Zeidan, das 6.000 mortes contabilizadas na Líbia, 3.000 ocorreram na capital, Trípoli. Outras 2.000 teria ocorrido em Bengasi e 1.000 nas demais cidades. “Isso é o que o povo nos disse, mas pode haver mais mortos”, afirmou porta-voz da Liga Líbia, em Paris. Na última terça-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informou que 140.000 pessoas deixaram o território desde 20 de fevereiro para fugir da violência. Os refugiados se dirigiram às fronteiras com o Egito e com a Tunísia.

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O Governo de transição deste último, onde a situação é mais grave, chegou a reivindicar, nesta quarta-feira, uma maior presença de organizações internacionais para evitar que a situação se transforme em uma catástrofe humanitária. Fontes oficiais do país revelaram que 15 mil refugiados chegaram à fronteira só nas últimas 24 horas.

O Exército tunisiano tenta transferir os refugiados para acampamentos instalados nas proximidades da divisa, principalmente para o de Choucha, onde cada vez é maior a presença de tendas de campanha enviadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). A ministra de Saúde tunisiana, Habiba Ben Romdhane, visitou nesta quarta a área para avaliar a situação. Em declarações à imprensa, ela ressaltou que o Exército tunisiano “controla a situação” no que se refere à ajuda aos refugiados, mas destacou que “necessita da ajuda de organizações internacionais” especializadas em atender este tipo de situação.

(Com agências EFE e France-Presse)

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