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Kirchnerismo perde primárias nos 5 maiores distritos

Governo ganhou em nível nacional, mas só por causa da fragmentação das oposições – adversários distintos bateram Cristina nos maiores centros

Por Da Redação
12 ago 2013, 02h09

O governo da presidente Cristina Kirchner venceu neste domingo em nível nacional as primárias legislativas, que apontam os candidatos que vão disputar as eleições de 27 de outubro, quando metade da Câmara e um terço do Senado serão renovados. A vitória, porém, só ocorreu por causa da fragmentação das oposições – o governo perdeu para rivais distintos nos cinco maiores distritos eleitorais, onde votam dois terços dos argentinos: ficou em segundo nas províncias de Buenos Aires (maior colégio eleitorial do país, com 37% dos eleitores) e Mendoza, terminou em terceiro lugar em Santa Fé e na cidade de Buenos Aires, e amargou a quarta posição na província de Córdoba.

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Além de indicar tendências para o próximo pleito, as primárias legislativas são um teste de popularidade para os governantes, uma vez que a votação é obrigatória. Apurados 75% das urnas, a coligação governista Frente para a Vitória (FPV) somava 29,2% dos votos em nível nacional, contra 23,6% dos oposicionistas da União Cívica Radical (UCR) e seus aliados progressistas, 21,6% do dividido grupo peronista de dissidentes e 7,8% da Proposta Republicana (PRO), do prefeito de Buenos Aires Mauricio Macri.

No entanto, na província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país, o grande vencedor foi Sergio Massa, prefeito da cidade de Tigre e líder da opositora Frente Renovador. Até a 1h30, com um quarto dos votos apurados, sua coalização aparecia com 33% dos votos, seguido pelo governista Martín Insaurralde, que obtinha 28%. Com a vitória consolidada, Massa fez um discurso no qual agradeceu os eleitores e atacou o governo Kirchner.

“Agradeço aos que elegeram a luta contra a inseguridade, a inflação e contra os impostos que pisam na cabeça dos trabalhadores e aposentados. Basta de reforma da Constituição”. Massa disse que daqui até às eleições de outubro trabalhará “a sério com base em propostas” e sem “confronto”. “Demos o primeiro passo rumo a outubro na construção de uma nova frente política. Agradeço aos milhões de portenhos que foram votar, aos quais nos acompanharam para ser a força mas votada da província de Buenos Aires com uma diferença importante”, disse, ao comemorar seu triunfo.

Pulverização – Em Córdoba, a liderança era do peronismo antikirchnerista, com 29,7% – a coligação governista tinha apenas 10,8%, em quarto lugar. Já na província de Mendoza a vitória era da UCR, com 44,2%. Na província de Santa Fé, terceiro maior distrito eleitoral, vencia a Frente Progresista Cívico e Social, com os governistas no terceiro lugar. No distrito da capital argentina, o quarto do país, liderava com 31,2% a aliança de centro-esquerda Unen, um pouco à frente dos 30,8% da Proposta Republicana, do prefeito Mauricio Macri. O kirchnerismo aparecia só em terceiro, com 20,6% dos votos.

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Os resultados mostram o crescimento da oposição, embora de forma pulverizada. Mesmo assim, indicam que a presidente Cristina Kirchner não terá vida fácil para conseguir a maioria de dois terços nas casas legislativas, margem necessária para mudar a Constitução e autorizar uma segunda reeleição presidencial em 2015. O discurso da presidento, contudo, foi na contramão do que sugerem as urnas. “Apesar disto ser uma eleição preliminar, estaríamos em condições de manter e inclusive aumentar a representação parlamentar da maioria da Frente para a Vitoria”, assegurou Cristina Kirchner ao falar aos militantes governistas reunidos em um hotel de Buenos Aires. “Somos a maior força nacional e, além disso, somos governo”.

Segundo os dados oficiais, o nível de participação foi de 76,42% em nível nacional para a primária de deputados e de 75,82% para a de senadores. Cerca de 30,5 milhões de argentinos estavam habilitados para votar nas primárias,que definem os candidatos que poderão concorrer nas eleições legislativas do próximo dia 27 de outubro, nas quais serão renovadas 24 cadeiras no Senado e 127 na Câmara dos Deputados. O pleito de outubro será chave para o futuro político Cristina, reeleita em 2011 com 54% dos votos.

(Com agência EFE)

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