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Karzai pede apoio internacional ao Afeganistão

Angela Merkel e Hillary Clinton se comprometeram com pedido

Por Da Redação
5 dez 2011, 09h09

O presidente afegão, Hamid Karzai, reivindicou nesta segunda-feira apoio internacional para tornar “irreversível” o processo de transição que fará do Afeganistão “um país democrático e seguro para todos os cidadãos”. O pedido, apoiado pela chanceler alemã Angela Merkel, foi feito na abertura da conferência internacional sobre o futuro do Afeganistão, na qual ele ainda insistiu que as forças ocidentais sejam mantidas no país após a retirada das tropas da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf), prevista para 2014.

“O Afeganistão continuará precisando do apoio internacional para tornar irreversível o processo de transição iniciado dez anos atrás e fazer do país um lugar democrático e seguro para todos os afegãos”, disse Karzai na abertura da conferência, em Bonn, na Alemanha, diante das delegações de 85 países e 16 organizações internacionais.Karzai se comprometeu a lutar “com determinação” contra a corrupção e lembrou que, dez anos atrás, na primeira das conferências realizadas sobre seu país, o Afeganistão começou “do zero” um caminho difícil rumo à democratização. “Não queremos ser um empecilho para a comunidade internacional”, acrescentou.

Apoio – Já Merkel garantiu que o Afeganistão continuará recebendo esse apoio depois de 2014, e acrescentou que o país deve avançar na luta contra a corrupção, o tráfico de drogas e o respeito aos direitos humanos, principalmente em relação às mulheres. A secretária de estado americana Hillary Clinton, por sua vez, comprometeu-se a continuar apoiando o Afeganistão após a retirada da tropas internacionais, apesar de não estabelecer datas, e expressou o desejo de que, em 2014, o país realize eleições democráticas.

Hillary discursou como primeira representante dos 85 países presentes na conferência internacional sobre o futuro do Afeganistão, logo após a abertura. “Após a transição, realizada ao longo dos últimos dez anos, chegou o momento da transformação do país, período em que o Afeganistão poderá continuar contando com o apoio internacional para avançar em direção à democratização do país e evitar novos golpes terroristas”, disse ela.

Planos – A reunião desta segunda-feira começou sob o efeito do pedido de apoio bilionário de Karzai e informações da imprensa de que esse líder deseja se manter no poder mesmo depois de 2014. O presidente afegão propôs a reforma da Constituição de seu país para possibilitar sua reeleição a um terceiro mandato, afirmou nesta segunda o jornal Bild, que cita como fonte um relatório confidencial dos serviços secretos alemães.

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Para conseguir apoio a essa medida, Karzai tem trabalhado com “uma solução criativa” e iniciou conversas com diversos políticos afegãos, segundo o jornal. Em declarações à revista Der Spiegel, o presidente afegão reivindicou uma ajuda financeira de bilhões para seu país até, pelo menos, 2024.

Conferência – Da conferência de Bonn, realizada no World Conference Center, antiga sede do Parlamento federal, participam 60 ministros das Relações Exteriores, entre eles Alain Juppé, da França; Sergei Lavrov, da Rússia; Ali Akbar Salehi, do Irã e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Não há representantes do Paquistão na conferência, devido aos recentes ataques da Otan, nos quais morreram 26 soldados paquistaneses.

Organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch realizarão em paralelo entrevistas coletivas para alertar sobre o deficiências de Karzai em relação aos direitos humanos no Afeganistão, principalmente quanto à situação das mulheres, e denunciar o alto grau de corrupção do governo.

(Com agência EFE)

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