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Kadafi usa aviões de guerra contra protestos

Algumas cidades do leste do país, como Benghazi e Bayda, já estão sob controle dos manifestantes, com o auxílio de militares e policiais que mudaram de lado

Por Da Redação
21 fev 2011, 16h18

O ditador líbio, Muamar Kadafi, utilizou aviões de guerra contra manifestantes que protestavam contra seu governo em Trípoli, informou a rede de TV Al Jazeera, nesta segunda-feira, 21. O canal do Catar cita moradores da capital líbia como testemunhas. Mais de 200 pessoas teriam morrido. A censura à mídia estrangeira dificulta a confirmação das informações.

Dois coronéis da Força Aérea Líbia desertaram após se negaram a bombardear os manifestantes. Eles fugiram para Malta, no Mediterrâneo, onde um deles pediu asilo político. Os dois jatos Mirage aterrissaram no Aeroporto Internacional de Malta nesta tarde junto de um helicóptero civil que carregava sete cidadãos franceses. De acordo com fontes militares maltesas, um dos coronéis comunicou durante o voo de Trípoli a Valeta que pediria asilo. Os caças voaram fora do espaço aéreo líbio para evitar serem detectados.

Algumas cidades do leste do país, como Benghazi e Bayda, já estão sob controle dos manifestantes, com o auxílio de militares e policiais que mudaram de lado. Em Trípoli, onde há manifestações desde domingo, ao menos 160 pessoas morreram, diz a TV Al-Arabya.

Reportagem do jornal americano The New Yok Times informa ainda que uma testemunha viu milicianos armados disparando contra os manifestantes que estavam em choque com a polícia. “Foi uma quantia obscena de tiros”, disse a testemunha. “Eles estavam metralhando essas pessoas e elas corriam em todas as direções. ” A polícia teria apenas assistido à cena.

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A missão líbia na ONU anunciou a ruptura da relação com o regime de seu país para apoiar os manifestantes, anunciou o jornal Los Angeles Times. Os diplomatas, com a exceção do embaixador, tomaram esta decisão para se distanciar do governo de Muamar Kadafi “devido às agressões do regime contra o povo líbio”, destacou Adam Tarbah, um dos representantes líbios consultados pelo jornal. “Sabemos que isso colocará nossa família em perigo, mas de todo modo, já estão em perigo”, completou Tarbah.

O diplomata fez alusão ao discurso feito na noite de domingo pelo filho de Kadafi, Saif-al-Islam, que prometeu “combater até a última bala” para colocar fim às manifestações, explicou Tarbah. “Ele incitou a guerra civil”, afirmou o diplomata líbio. “Foi vergonhoso”.

Durante a manhã dessa segunda-feira, diante do agravamento da situação, um ministro e pelo menos três diplomatas líbios anunciaram a sua demissão, em protesto contra a repressão violenta das manifestações contra o governo na Líbia ordenada pelo ditador Muamar Kadafi.

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Dados de organizações médicas e de direitos humanos indicam que mais de duzentas pessoas morreram desde o início, na semana passada, das manifestações que pedem que Kadafi renuncie após mais de 40 anos no poder.

Pressão internacional – Mais cedo, a delegação de diplomatas da Líbia na ONU pediu uma intervenção internacional contra a onda de violência no país. O vice-embaixador da Líbia no órgão fez também um apelo por proteção aos cidadãos contra o que definiu como “genocídio” patrocinado pelo governo líbio.

Ele também pediu que as Nações Unidas interditassem o espaço aéreo sobre a capital líbia para evitar ataques de aviões de combate contra manifestantes.

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(Com Agência Estado)

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